Premiê australiano critica China por disparar laser em avião
20 de fevereiro de 2022O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, criticou neste domingo (20/02) a China pelo uso de um laser contra uma das aeronaves de vigilância de seu país.
A Força de Defesa Australiana confirmou o incidente no sábado. Ela disse que uma aeronave de patrulha marítima P-8A Poseidon foi atingida por um laser do Exército de Libertação do Povo, da China, colocando em perigo a vida dos tripulantes.
O navio chinês responsável pelo que Morrison chamou de "ato perigoso" estava viajando ao lado de outro navio chinês próximo da costa norte da Austrália, na zona econômica exclusiva do país, na quinta-feira.
O que Morrison disse?
Em uma entrevista coletiva no domingo, Morrison afirmou: "Não posso ver isso de outra forma que não seja um ato de intimidação, um ato injustificado e não provocado, e a Austrália nunca aceitará tais atos de intimidação".
Ele disse que o laser tinha o potencial de afetar o funcionamento a aeronave e colocar aqueles que estavam dentro dela em perigo. Morrison acrescentou que o caso já havia sido reportado por meio de canais diplomáticos e de defesa.
Ele também citou a recente assinatura de um pacto de defesa de seu país com os Estados Unidos e o Reino Unido, denominado Aukus. Morrison disse que seu governo exigirá uma resposta de Pequim.
"Atos agressivos de intimidação"
Também no domingo, o ministro da Defesa australiano, Peter Dutton, disse à emissora Sky News: "Acho que o governo chinês espera que ninguém fale sobre esses atos agressivos de intimidação."
O Ministério da Defesa australiano disse que os navios chineses estavam se dirigindo para o leste através do Mar de Arafura no momento do incidente.
A Austrália já havia acusado a China, em 2019, de usar lasers contra seus helicópteros no Mar do Sul da China.
bl (AFP, Reuters)