"Precisamos de mais armas e gás", diz Zelenski ao G7
12 de dezembro de 2022O G7 assegurou à Ucrânia a continuidade de seu apoio na defesa de seu território contra a invasão russa, afirmou nesta segunda-feira (12/12) o chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, após uma videoconferência entre os líderes das sete nações industrializadas e o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski.
A Ucrânia continuará recebendo o apoio "pelo tempo que for necessário" e a pressão econômica sobre a Rússia será mantida em alta, garantiu Scholz.
A reunião ocorreu um dia após a conversa do líder ucraniano com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que também assegurou a ajuda de seu país a Kiev.
As estruturas de energia da Ucrânia vem sofrendo ataques constantes. Boa parte de região de Odessa, no sul do país, está sem eletricidade. Por esse motivo, a Casa Branca afirma que a prioridade deve ser melhorar a defesa aérea ucraniana.
Zelenski também conversou com os presidentes da França, Emmanuel Macron, e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, no domingo.
Nesta segunda-feira, Zelenski afirmou na reunião virtual de 90 minutos com o G7 que seu país precisa de cerca de dois bilhões de metros cúbicos de gás natural para sobreviver ao inverno.
Ele também pediu aos parceiros do G7 o envio de mais armamentos, inclusive tanques, sistemas de artilharia e mísseis de longo alcance.
"Infelizmente, a Rússia ainda possui vantagem em artilharia e mísseis. Isso é fato. Essas capacidades do Exército invasor são as que servem de combustível para a arrogância do Kremlin", disse Zelenski.
"O terror contra nossas usinas de energia nos forçou a usar mais gás do que o previsto. É por isso que precisamos de apoio adicional, em particular, nesse inverno", ressaltou.
Zelenski propôs ainda uma cúpula especial que ele chamou de Fórmula para a Paz Global, com o objetivo de "determinar como e quando poderemos implementar os pontos da Fórmula da Paz Ucraniana", uma estratégia que, segundo Kiev, garantiria a segurança e integridade territorial do país.
O ucraniano exortou a Rússia a "dar passos concretos e significativos rumo a uma solução diplomática". Ele disse que os invasores deveriam deixar seu país até o Natal. "Aquele que nos trouxe a guerra deve agora tirá-la de nós."
rc (DPA, AFP)