Polícia levanta acampamento do movimento Occupy Frankfurt
6 de agosto de 2012Membros do movimento anticapitalista Occupy Frankfurt foram obrigado nesta segunda-feira (06/08) a abandonar a área ocupada há dez meses diante do Banco Central Europeu (BCE). O Tribunal Administrativo de Frankfurt recusou o apelo dos ativistas contra a proibição da prefeitura e, pouco depois, a polícia chegou ao acampamento.
A prefeitura apontou como um dos motivos para a evacuação as condições de higiene intoleráveis no local. A polícia afirmou ter pedido que os ocupantes deixassem a área verde em frente ao prédio do BCE voluntariamente, caso contrário seriam removidos à força.
Das cerca de 70 pessoas no assentamento, 50 foram retiradas sem resistência, informou uma porta-voz da polícia. As demais protestaram com assobios e tambores. Algumas foram carregados pelos policiais, mas não houve violência. Segundo a porta-voz, levou por volta de cinco horas até que o local fosse completamente evacuado.
Ativistas remanescentes
Inspirado no movimento Occupy Wall Street de Nova York, o acampamento de Frankfurt foi erguido em meados de outubro de 2011. Com dez meses de duração, o Occupy Frankfurt foi o protesto mais longo desse tipo na Europa. Nas últimas semanas, o acampamento do movimento Düsseldorf, no oeste do país, também havia sido desmantelado sem grande resistência.
Originalmente, os assentados em Frankfurt pretendiam demonstrar sua oposição contra o capitalismo e o sistema bancário, mas os acampamentos atraíram poucos indivíduos politicamente engajados.
De acordo com o Tribunal Administrativo de Frankfurt, não era mais possível identificar um objetivo comum entre os moradores do acampamento – que, além dos ativistas, incluíam agora sem-teto e usuários de drogas.
Alguns dos ativistas mostraram preocupação com os sem-teto que viviam no local e desapontamento perante a ação policial. "A evacuação viola a constituição e o direito à reunião", protestou a Maike Wolf, 24 anos. Segundo o Tribunal Administrativo da cidade, o direito fundamental de liberdade de reunião não inclui a ocupação de propriedades privadas.
LPF/dpa/afp
Revisão: Francis França