Polícia detém jovens americanas a caminho da Síria em Frankfurt
22 de outubro de 2014Três adolescentes americanas que supostamente se juntariam ao grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) na Síria foram detidas no aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, no último fim de semana. As jovens foram enviadas de volta para Denver, nos EUA, disse uma porta-voz do FBI nesta terça-feira (21/10). A polícia alemã confirmou que as meninas foram encaminhadas a seus pais a pedido do consulado americano.
De acordo com o jornal americano Denver Post, as adolescentes são duas irmãs de origem somali, de 15 e 16 anos de idade, e uma jovem com raízes sudanesas, de 16 anos. A imprensa dos EUA especula que elas iriam se unir ao "Estado Islâmico".
Segundo o jornal, duas delas teriam simulado estar doentes para não ir à escola, pegado 2 mil dólares dos pais e partido. Os pais teriam, então, notado a falta do dinheiro e dos passaportes das garotas e notificado a polícia. Eles teriam dito não saber dos planos da garotas, que nunca haviam fugido.
A família somali disse que a própria jovem comprou as passagens, mas não quis comentar as especulações de que as meninas pretendiam viajar à Síria, passando pela Turquia, para se unirem ao EI. Ainda não se sabe se as adolescentes tinham contato com algum membro do grupo extremista.
Segundo a emissora Voice of America, uma das irmãs teria dito que tinha a intenção de estudar na Turquia.
Após serem enviadas de volta aos EUA nesta segunda-feira, as meninas estão de novo com as famílias, disse o FBI, que está investigando o caso.
Um relatório publicado recentemente pelo Centro Internacional de Estudos sobre Radicalização da King's College, em Londres, afirma que cerca de 12 mil estrangeiros de mais de 70 países já se uniram ao EI na Síria e no Iraque.
Segundo o governo alemão, centenas de cidadãos do país se juntaram ao grupo jihadista. "A busca por um significado ou uma crise pessoal frequentemente abrem espaço para ideologias radicais islamistas. Para algumas pessoas, pode ser uma forma de autodescobrimento ou autoafirmação", disse Florian Endres, do Departamento Federal de Migração e Refugiados da Alemanha, à DW.
LPF/dpa/rtr