PIB alemão deve crescer 0,9% este ano
15 de abril de 2002O Fundo Monetário Internacional (FMI) corrigiu para cima sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) alemão em 2002. Segundo informações dos jornais Handelsblatt e Financial Times Deutschland, o presidente do FMI, Horst Köhler, revelou ao candidato da oposição às eleições parlamentares alemãs, Edmund Stoiber (CDU/CSU), que o fundo prevê um crescimento de 0,9% do PIB alemão este ano, em vez dos 0,7% estimados inicialmente.
No ano passado, a taxa de crescimento do PIB alemão caiu para 0,6%; em 2000, ainda tinha sido de 3%. Segundo informações da agência de notícias Reuters, o FMI também corrigiu suas previsões para o crescimento econômico da Alemanha, de 2,5% para 2,7% em 2003. O Fundo Monetário Internacional publicará na próxima quinta-feira, em Washington, suas previsões para a economia mundial no próximo semestre.
Crescimento fraco
– Segundo avaliação dos economistas, os dados conjunturais da zona do euro, a serem divulgadas nesta semana, apontam uma tendência positiva, mas não escondem que a retomada da economia nos doze países-membros da união monetária européia é "fraca e frágil".No centro das atenções estão os números da inflação de março. A taxa anual deve rondar os 2,5%, ficando, portanto, acima da meta de 2% fixada pelo Banco Central Europeu. Além disso, os analistas e investidores estão de olho nos dados da produção industrial alemã. Enquanto alguns economistas prevêem um crescimento entre 0,7% e 1,4% em relação ao mês de fevereiro, outros esperam um recuo de até 0,7%.
Otimismo contido
– Os economistas do Dresdner Bank prevêem um crescimento econômico de 1,3% para a Alemanha no segundo trimestre de 2002. Novos investimentos em equipamentos industriais e o aumento das exportações estariam impulsionado a conjuntura. As avaliações do FMI e do Dresdner Bank são bem otimistas do que as do governo alemão e da federação das indústrias (BDI), que partem, respectivamente, de taxas de crescimento do PIB de 0,75% e 1% este ano. O BDI fala num "otimismo contido" dos empresários alemães.Há consenso entre os economistas de que a recuperação da economia alemã e européia depende fortemente da conjuntura nos Estados Unidos. Além disso, eles ressaltam que uma guerra no Oriente Médio pode derrubar todas as previsões otimistas.