Pesquisas indicam que smartphones serão foco de cibercrimes em 2013
6 de abril de 2013As vendas de smartphones cresceram 78% em 2012, segundo um estudo da empresa de análise de mercado IDC. Foram 59 milhões de celulares vendidos, dos quais 16 milhões eram smartphones. O estudo indica que o Brasil ficará atrás apenas de China, Estados Unidos, Japão e Reino Unido na venda desses aparelhos em 2013. Mas, junto com o crescimento da comercialização, aumenta também o número e a sofisticação de cibercrimes relacionados a smartphones.
Um estudo publicado pelo Laboratório da companhia de segurança de software ESET da América Latina mostra que os dispositivos móveis serão o foco dos criminosos virtuais em 2013. O objetivo dos golpes é quase sempre conseguir dinheiro de forma ilícita. De acordo com a pesquisa, os golpes pelo celular se concentram em persuadir o usuário a assinar serviços de mensagens instantâneas (40% das ações), transformar o aparelho em uma rede zumbi (botnet) controlada por criminosos (32%) e roubar informações de smartphones (28%).
China, Rússia e Irã são os países com o mais alto índice de códigos maliciosos em dispositivos móveis. Mas países como Brasil, Peru e México também sofrem com ciberataques. Em comparação com 2011, o número de ataques no Brasil aumentou 12 vezes no ano passado.
Cavalo de Troia por SMS
O código malicioso mais comum em dispositivos móveis é o Trojan (Cavalo de Troia) SMS. O malware engana os usuários ao se apresentar como aplicativo gratuito. Durante instalação, o usuário concorda com os termos de uso sem prestar atenção e assim ativa o Trojan, que envia três mensagens a partir do celular do usuário. Só depois da instalação, o usuário recebe um SMS dizendo que assinou um serviço "Premium" e que um certo valor será cobrado em sua conta telefônica.
De acordo com a pesquisa do Laboratório da ESET, o Trojan Boxer foi encontrado em 22 aplicativos disponíveis no Google Play. O malware foi identificado em diversos países, entre eles o Brasil.
Dicas de segurança
A Microsoft divulgou recentemente uma pesquisa sobre o comportamento de usuários da internet quanto à segurança, a Microsoft Computing Safety Index (MCSI). O resultado mostra que, apesar de saberem dos riscos, poucos usuários mudam os hábitos no mundo virtual. No quesito dispositivos móveis, o Brasil teve uma boa pontuação. A pesquisa mostra que os brasileiros têm consciência de como proteger o celular de ataques e são proativos.
Proteger um smartphone requer cuidados muito parecidos com os que usamos para computadores. Segundo a pesquisa da Microsoft, alguns quesitos são básicos são: instalar um antivírus e mantê-lo atualizado, usar uma senha para bloquear o aparelho, evitar usar redes abertas de Wi-Fi e desativar Bluetooth e Wi-Fi quando estiver na rua, além de fazer downloads apenas de fontes confiáveis e não clicar em links e propagandas duvidosas.
Como o Futurando 30 mostrou, perder o celular ou deixá-lo cair no chão ainda são formas bastante comuns de perder informações valiosas.