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Pequim decreta novo alerta máximo por poluição

18 de dezembro de 2015

Poucos dias após elevar pela primeira vez o nível de perigo, autoridades voltam a alertar sobre formação de nuvem de poluição sobre a capital chinesa. Escolas serão fechadas, e atividade industrial, restringida.

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China Smog in Peking
Foto: picture-alliance/epa/W. Hong

Pequim decretou nesta sexta-feira (18/12) o segundo alerta vermelho devido à poluição em menos de um mês, gerando restrições ao trânsito de veículos e o fechamento de escolas na capital chinesa.

Uma nuvem de poluição deverá se assentar sobre a cidade de 22,5 milhões de habitantes de sábado até a terça-feira. O nível de PM2,5 – partículas que penetram os pulmões – deve ultrapassar a marca de 500, segundo o portal oficial do governo de Pequim. A quantidade é 20 vezes maior do que o nível considerado seguro pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Metade dos automóveis da cidade estará proibida de circular, e fontes externas de fumaça, como churrasqueiras, estão proibidas. A produção industrial será restringida, e as escolas permanecerão fechadas. Foi recomendado aos moradores que evitem atividades externas.

Na manhã desta sexta-feira, o ar em Pequim ainda estava relativamente bom, com níveis de PM2,5 em torno de 80, e com o sol brilhando. Entretanto, o governo alertou que a visibilidade em algumas regiões da cidade deverá cair para menos de 500 metros. A falta de ventos deverá contribuir para a nuvem de poluição que ficará estacionada sobre a cidade.

Estudos científicos atribuem às nuvens de poluição 1,4 milhão de mortes prematuras todos os anos na China, ou seja, quase 4 mil por dia.

A maioria das emissões poluentes no país resulta da queima do carvão, que aumenta no inverno com a maior procura por aquecimento. O governo anunciou há algumas semanas que pretende reduzir em 60% as emissões de suas usinas movidas a carvão até 2020.

Estima-se que a China tenha emitido entre 9 e 10 bilhões de toneladas de dióxido de carbono em 2013, quase o dobro dos Estados Unidos e cerca de duas vezes e meia mais do que a União Europeia.

RC/ap/rtr