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Partido no governo vence eleições na África do Sul

9 de maio de 2014

Congresso Nacional Africano angaria mais de 60% dos votos, assegurando a reeleição do presidente Jacob Zuma. Oposição ganha espaço em meio a escândalos de corrupção.

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Foto: picture-alliance/dpa

Apesar dos escândalos envolvendo suas lideranças e dos problemas econômicos que o país atravessa, o Congresso Nacional Africano (CNA), há 20 anos no poder, conquistou ampla maioria nas eleições na África do Sul.

Com 95% de urnas apuradas nesta sexta-feira (09/05), a agremiação havia angariado 62,5% dos votos, garantindo assim a maioria parlamentar que assegura o segundo mandato de cinco anos do presidente Jacob Zuma, apesar das acusações de corrupção que pesam contra ele.

O porta-voz do CNA, Jackson Mthembu, considerou que o partido recebeu dos eleitores um "mandato impressionante". A agremiação, de 102 anos de existência, era o partido do ex-presidente Nelson Mandela, morto em dezembro de 2013.

Apesar de ter conquistado uma expressiva maioria, o CNA contabilizou uma perda significativa em relação ao pleito anterior, quando havia conquistado 66% dos votos, ficando ainda um pouco abaixo dos dois terços necessários para a aprovação de emendas constitucionais no parlamento.

Avanço da oposição

O maior partido de oposição, a Aliança Democrática, conseguiu apoio significativo dos eleitores, principalmente nas áreas urbanas, e angariou 22% dos votos, em contraste com os 17% obtidos na eleição anterior, em 2009.

A recém-formada agremiação de esquerda Economic Freedom Fighters ("Lutadores pela Liberdade Econômica", em tradução livre), do candidato populista Julius Malema, conquistou surpreendentes 6,1% dos votos apurados.

Ambos os partidos de oposição se beneficiaram dos escândalos envolvendo o presidente Zuma e do descontentamento de uma parcela significativa da população com o CNA, que governa o país desde o fim do apartheid, em 1994.

O partido governista também é alvo de críticas em razão da taxa de desemprego de 24%, da insatisfação com os serviços públicos e dos altos índices de pobreza.

RC/dpa/afp