1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Papa: Cuba e EUA devem avançar na normalização das relações

20 de setembro de 2015

Ao desembarcar em Havana, papa Francisco pede que países se esforcem para desenvolver todas as potencialidades da reaproximação diplomática. Pontífice inicia na capital cubana viagem de oito dias à ilha e aos EUA.

https://p.dw.com/p/1GZEg
Papa Francisco chega a Cuba, onde ficará até terça-feira
Foto: Getty Images/AFP/F. Monteforte

O papa Francisco chegou na tarde deste sábado (19/09) a Havana, primeira parada da viagem de oito dias a Cuba e aos Estados Unidos. O pontífice foi um dos responsáveis pelo restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países.

O Airbus A330-200 da Alitalia que transportou o papa pousou no aeroporto internacional José Martí, na capital, por volta das 15h30 locais (16h30 em Brasília). Ele foi recebido pelo presidente cubano, Raúl Castro, e pelo cardeal Jaime Ortega, o representante máximo da Igreja Católica na ilha.

Em um discurso de chegada à capital cubana, Francisco instou Cuba e EUA a avançarem na normalização das relações entre os dois países. O papa se tornou um dos principais interlocutores entre os presidentes Barack Obama, dos EUA, e Raúl Castro na reaproximação dos dois Estados.

"Somos testemunhas de um acontecimento que nos enche de esperança: o processo de normalização das relações entre os dois países, depois de anos de distanciamento. É um processo, um sinal da vitória da cultura do encontro e do diálogo", afirmou.

Antes do discurso do papa, o presidente de Cuba, Raúl Castro, agradeceu a Francisco pelo seu apoio no restabelecimento das relações diplomáticas com os EUA, o que, para ele, é um primeiro passo no processo de normalização das relações entre os dois países que permitirá resolver problemas e reparar injustiças.

"O bloqueio, que provoca danos humanos e privações às famílias cubanas, é cruel, imoral e ilegal. Deve cessar", declarou Castro.

Papa visita também os EUA

Francisco inicia uma das viagens mais longas e delicadas do pontificado, que o levará à Praça da Revolução, em Havana; ao Congresso dos EUA, em Washington; e à ONU, em Nova York. Com uma agenda muito sobrecarregada, o papa argentino vai pronunciar 26 discursos: oito em Cuba e 18 nos EUA.

O papa estará em Cuba até terça-feira, onde passará por Havana, Holguin e Santiago para encontros com jovens, famílias, bispos e, provavelmente, o líder histórico do regime cubano, Fidel Castro. Três visitas papais em 17 anos mostram a atenção excepcional do Vaticano ao país, onde o regime e a Igreja Católica se congratulam com o apoio do papa à normalização das relações diplomáticas com os EUA.

De Havana, o avião papal levará Francisco diretamente à base militar de Andrews, em Washington, onde será recebido pelo presidente dos EUA, Barack Obama.

FC/lusa/rtr/afp/dpa