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Osteoporose: o que é e como tratar

Gudrun Heise (pv)23 de outubro de 2015

Doença ligada à falta de cálcio afeta principalmente os idosos. Muitas vezes, o mal só é descoberto após uma fratura óssea, mas há maneiras de diagnosticar a enfermidade precocemente e conter seu avanço.

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Foto: picture-alliance/OKAPIA KG Germany

Quando o ganho de massa óssea é menor que a degeneração da mesma, o médico comunica o seguinte diagnóstico: osteoporose. A doença afeta principalmente os idosos, que muitas vezes não a percebem por um longo período. A osteoporose pode se desenvolver lentamente durante dez a 15 anos e, muitas vezes, só é constatada após uma fratura.

Frequentemente, as fraturas ocorrem no colo femural ou no ombro, após idosos perderem o equilíbrio, tropeçarem e caírem. Muitas vezes, à primeira vista, parece que a pessoa sofreu uma fratura simples, mas se a pessoa tem osteoporose, o mal costuma ser difícil de reparar.

Em um terço das mulheres acima dos 50 anos de idade, ou após a menopausa, os ossos se tornam frágeis devido à redução hormonal. Em geral, as mulheres são duas vezes mais afetadas pela osteoporose que os homens.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a osteoporose como uma das dez principais doenças da nossa era. No entanto, muitas pessoas seguem dando pouca importância à enfermidade, o que pode ser perigoso.

No pior dos casos, a osteoporose pode ser fatal. Foi comprovado que pacientes idosos que sofreram fraturas no quadril registraram nos cinco anos seguintes uma taxa de mortalidade significativamente maior que a de pacientes da mesma faixa etária e sem tal fratura óssea.

O motivo é, entre outras coisas, uma imobilidade prolongada. As pessoas afetadas geralmente têm que ficar muito tempo deitadas na cama. Em pessoas mais velhas, isso pode causar diversos problemas, como a manifestação de outras doenças, incluindo trombose e embolia pulmonar. Além disso, a imobilidade prolongada pode acarretar deficiências no sistema cardiovascular.

Densidade óssea

O diagnóstico precoce é perfeitamente possível para a osteoporose. Para tal, a densidade do osso é medida por meio de um exame digital de raios-X. Essa medição não é comparável a uma radiografia convencional, pois a exposição à radiação é significativamente menor. Neste exame, é medido o teor de sal de cálcio em áreas específicas do corpo – especialmente na região do colo femural, parte do corpo quebra muito facilmente.

Gymnastik für Osteoporose-Patientinnen
Exercícios físicos são uma das melhores maneiras de evitar a osteoporoseFoto: picture-alliance/dpa/S. Sauer

Se o teor de sal de cálcio no osso estiver abaixo do valor padrão, o diagnóstico é claro: osteoporose. Fisioterapia é uma parte importante do tratamento, assim como a prevenção de quedas, ensinando os pacientes a cair com segurança. Também existem roupas íntimas especiais, que são acolchoadas na região do quadril e podem, assim, evitar uma fratura grave.

Em muitos casos, porém, é necessário colocar um novo quadril por meio de intervenção cirúrgica. Somente na Alemanha, são implantados cerca de 400 mil quadris por ano.

Medicamentos como causa

Alguns medicamentos também podem contribuir para o desenvolvimento da osteoporose. Por exemplo, muitos pacientes com reumatismo e quem tomaram cortisona por um longo período de sua vida acabam adoecendo de osteoporose, causada justamente pela substância.

Mas também a quimioterapia para combater um câncer pode ser uma das razões por que os ossos se tornam frágeis e levar à osteoporose. Nesse caso, trata-se de uma chamada forma secundária de osteoporose. Uma das medidas mais importantes para combater a doença é praticar exercícios regularmente. Alguns pacientes também precisam mudar a dieta.

O cardápio de pessoas com osteoporose deve incluir alimentos com alto teor de cálcio. Vitamina D também é importante, porque ela controla vários sistemas celulares. O corpo pode produzi-la por meio da absorção da luz solar, mas a vitamina também pode ser ministrada aos pacientes em forma de comprimido.

Atualmente, a osteoporose avançada é geralmente tratada com bifosfonatos. Eles inibem a degeneração óssea, fazendo com que a densidade dos ossos aumente. Assim, também se reduz o risco de fratura.

O estrôncio funciona de forma semelhante. E hormônios também podem ajudar, já que eles também retardam a perda óssea. Esse tipo de terapia, no entanto, é alvo de controvérsia, pois aumenta o risco de câncer de mama.

Mas com tratamento adequado, a osteoporose pode ser estabilizada e, às vezes, até mesmo revertida. Disciplina, dieta adequada e exercícios são as mais importantes medidas preventivas.