Os encantos de Pafos, Capital Europeia da Cultura de 2017
Cidade na ilha de Chipre divide título com Aarhus, na Dinamarca. Sob o lema "Conectar culturas", as duas localidades se apresentam em 2016 como destinos turísticos especiais.
Sob o signo de Afrodite
Pafos fica no sudoeste do Chipre. Aqui, durante muitos séculos, peregrinos adoraram a deusa do amor e da beleza. Para celebrar o ano em que é capital da cultura, foi construído um parque de esculturas ao longo da costa. Em tributo a Afrodite, a artista cipriota Yiota Ioannidou criou a figura de bronze "Sol Alter". Encostada em uma rocha, ela olha em direção ao local onde teria nascido a deusa.
Mitos da Antiguidade
Aqui, Afrodite, nascida da espuma, teria saído do mar. O lendário rochedo Pétra tou Romioú fica a 25 quilômetros de Paphos. É um ponto de visitação obrigatório para os turistas, que adoram o Chipre sobretudo por suas belas praias. Mas a ilha no Mediterrâneo também é conhecida por seus tesouros arqueológicos. Em 1962, um agricultor descobriu em seu campo mosaicos sensacionais.
Parque arqueológico Kato Paphos
Os visitantes podem ver os bem preservados mosaicos a partir de pontes de madeira. Na Antiguidade, os mosaicos decoravam mansões romanas. Como em um livro de imagens da mitologia grega, podem ser vistas, por exemplo, cenas com divindades como Apolo e Dafne. Neste ano, será apresentada aqui a comédia "Lisístrata", em que mulheres fazem greve para forçar o fim da guerra.
Cedro cipriota
Nos mosaicos também estão imortalizadas as árvores de cedro da ilha. Sua madeira é muito procurada por ser resistente e afastar insetos. Hoje, o cedro do Chipre é uma árvore protegida no país. No Vale do Cedro, os visitantes podem fazer agradáveis caminhadas e piqueniques. A sombra da árvore é bastante cobiçada no verão de até 40ºC nesta região do Mediterrâneo.
Necrópole Nea Paphos
As famosas escavações do século 3º conhecidas como "túmulos reais" na realidade nem foram usadas por reis, e sim por pessoas muito ricas que fizeram ali seus túmulos, inclusive com poços de água. Os mosaicos e os túmulos inspirados nos dos egípcios fazem parte de um parque arqueológico reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial desde 1980.
Tesouros naturais
Uma das poucas áreas de reprodução de tartarugas marinhas no Mediterrâneo fica na baía de Lára. Já desde 1971 estes animais são protegidos no Chipre. Entre maio e agosto, pede-se aos turistas que de forma nenhuma andem de carro pelas margens. Nesta época, as tartarugas desovam e se locomovem da praia para o mar.
O porto como palco
Em questão de clima, Pafos tem muitas vantagens. Na abertura das celebrações pelo ano de capital cultural, no fim de janeiro, a temperatura média deverá ser de 15 ºC, ideal para os muitos eventos ao ar livre, com música, dança e teatro. Um dos pontos altos será a apresentação da Filarmônica de Berlim, em 1º de maio.
Delícias culinárias
O Chipre fica 70 quilômetros ao sul da Turquia e cerca de 100 quilômetros a oeste da Síria. Por isso, a cozinha tem influências orientais. Típicos são os meze, vários pequenos pratos com salada, queijo grelhado, pasta de azeitona, bolinhos de carne e, para a sobremesa, soujoukos, que são amêndoas envolvidas por uma geleia feita com suco de uva, água de rosas, canela e resina da árvore de pistache.
Ilha turística
No Chipre, a temporada turística dura bastante tempo. Mesmo no outono, são comuns temperaturas de até 35ºC e, na água, 27ºC. Por causa da situação de insegurança em países como Turquia, Egito e Tunísia, em 2016 viajaram ao sul, que é a parte grega da ilha, 3 milhões de turistas. O norte é ocupado pela Turquia desde 1974.
Ilha dos deuses
Em 2017, os turistas poderão desfrutar de mais de 300 eventos culturais na Capital da Cultura Pafos. A chegada não é complicada, pois há um aeroporto internacional. Até março ainda é possível esquiar nas pistas dos montes Troodos. Os teleféricos chamam-se Hera, Hermes e Afrodite, claro. A descida mais difícil recebeu o nome de Zeus, o pai dos deuses.