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ConflitosIsrael

Oposicionista deixa governo de Netanyahu por guerra em Gaza

9 de junho de 2024

Benny Gantz integrava o gabinete de guerra desde o atentado do Hamas a Israel, mas anunciou saída após queixar-se de erros na ação contra o grupo radical islâmico.

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Um homem branco grisalho vestindo terno e camisa de botão
Encarregado da Unidade Nacional no gabinete de guerra montado por Netanyahu, oposicionista Benny Gantz anunciou desembarqueFoto: Debbie Hill/ UPI Photo/Newscom/picture alliance

Oposicionista que integrava o gabinete de guerra montado pelo primeiro-ministro isralense Benjamin Netanyahu, Benny Gantz anunciou neste domingo (09/06) que deixará o governo, passados oito meses desde o início do conflito contra o grupo radical islâmico Hamas na Faixa de Gaza.

Com isso, Netanyahu perde o único partido de centro que integrava sua coalizão de emergência, formada após o atentado terrorista do Hamas em 7 de outubro, e volta a estar legitimado apenas por partidos de ultradireita.

"Netanyahu está nos impedindo de progredir para uma vitória real. É por isso que nós estamos deixando o governo de emergência hoje com o coração pesado", afirmou Gantz em mensagem televisionada.

Ele voltou a criticar o premiê israelense pela condução da guerra em Gaza, e pediu a antecipação de eleições para que seja formado um novo governo capaz de "conquistar a confiança do povo e enfrentar desafios".

Pressão por cessar-fogo e planos para o futuro de Gaza

No sábado, o Exército israelense anunciou o resgate de mais quatro reféns com vida. Familiares das pessoas que continuam em poder do Hamas, porém, temem que muitos não sobrevivam ao conflito, e têm por isso pressionado por um cessar-fogo.

Críticos ao governo de Netanyahu também o acusam de tentar prolongar o conflito em Gaza indefinidamente para se manter no poder.

Em maio, Gantz já havia ameaçado desembarcar do governo se Netanyahu não aprovasse um plano para uma Gaza depois da guerra.

É improvável, porém, que a saída de Gantz vá abalar seriamente o governo em Tel Aviv.

ra (Reuters, AFP)