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A grande estrela da Copa do Mundo de Futebol Feminino

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Sarah Wiertz
8 de julho de 2019

A americana Megan Rapinoe ficará na memória como o rosto deste Mundial – dentro e fora do campo. Com seu gol na final e o título para sua equipe, ela reforçou a luta por igualdade e valorização do futebol feminino.

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Megan Rapinoe
Megan Rapinoe foi a maior artilheira e eleita melhor jogadora do torneioFoto: Getty Images/M. Hitij

Os 60 mil espectadores assobiaram e vaiaram alto quando o presidente da Fifa, Gianni Infantino, entrou no estádio de Lyon para a cerimônia de premiação. As duas torcidas – dos EUA e da Holanda – exigiram em voz alta e por minutos "Equal payment" – igualdade de remuneração: uma declaração clara de que na Copa do Mundo de Futebol Feminino da França muito mais do que o título de campeãs estava em jogo.

Por isso, o roteiro para esta final não poderia ter sido mais bem escrito. A atacante americana Megan Rapinoe marcou em um pênalti o gol decisivo e redentor da final da competição contra a Holanda. Foi o seu sexto gol nesta Copa. Graças a ele, a atleta de 34 anos dividiu a artilharia do torneio com a colega de equipe Alex Morgan e a inglesa Ellen White.

Mas como esteve em campo menos tempo que Morgan e White, Rapinoe foi premiada com a Chuteira de Ouro como artilheira da Copa. Ela também foi eleita a melhor jogadora do torneio. A americana foi a estrela desta Copa – dentro e também fora do campo.

Com o seu gol na final, e sobretudo com mais um título para sua equipe, Rapinoe voltou a reforçar mais uma vez suas declarações políticas: a luta contra a discriminação e a homofobia, por mais igualdade e valorização do futebol feminino.

Graças ao seu desempenho impressionante na França, ela garantirá que o futebol feminino continue sendo discutido além da final deste domingo (07/07) – graças à disputa no Twitter que travou com o presidente dos EUA, Donald Trump.

Megan Rapinoe recebe a Chuteira de Ouro do presidente da Fifa, Gianni Infantino
Megan Rapinoe recebe a Chuteira de Ouro do presidente da Fifa, Gianni InfantinoFoto: Getty Images/A. Grimm

É particularmente irônico que o presidente da Fifa, Gianni Infantino, tenha tido que apertar três vezes a mão de Rapinoe durante a cerimônia de premiação. Primeiro, quando ela foi anunciada como a maior artilheira. Depois, quando ela foi eleita a melhor jogadora da Copa. E, finalmente, quando toda a equipe recebeu suas medalhas e a taça.

Embora a seleção holandesa mereça muito respeito, porque, como zebra, fez uma final emocionante contra as favoritas, para o desenvolvimento do futebol feminino não poderia ter havido um vencedor melhor do que os EUA e o rosto desta Copa: Megan Rapinoe.

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