Onze curiosidades sobre o vinho
Vinho branco feito de uva tinta? O que o vinho alemão tem a ver com vinhas americanas? Por que o Eiswein é um vinho do gelo? E onde fica o vinhedo mais íngreme da Europa? Confira peculiaridades sobre essa popular bebida.
O vinhedo mais íngreme da Europa
Bremm, uma pequena vila vinícola, está localizada junto ao rio Mosela. Aqui fica o monte Calmont, com 300 metros de altitude e uma inclinação de até 60 graus em direção ao vale. No Calmont ficam os vinhedos mais íngremes da Europa.
A maior festa do vinho
Amantes do vinho de todo o mundo peregrinam a Bad Dürkheim, no sudoeste da Alemanha, para a "Oktoberfest do vinho". A cada ano, em setembro, cerca de 700 mil visitantes vêm à festa apreciar a seleção de cerca de 300 vinhos. Além da bebida, há muita música nas tendas e diversão nos brinquedos eletrônicos.
Etiquetas preciosas
Entre 1945 e 2006, o barão de Rothschild encarregou, a cada ano, um artista diferente de desenhar os rótulos dos seus vinhos. Nomes como Picasso, Kandinsky, Warhol ou Chagall garantiam às garrafas um alto valor de colecionador. Este Mouton Rothschild de 1945 foi leiloado em 2006 por 28.750 dólares.
Uva congelada
Deixar as uvas na videira até a primeira geada envolve riscos e desafios. Elas são colhidas nas noites geladas do outono europeu e prensadas ainda congeladas. O vinho fica espesso, doce e aromático, com uma acidez sutil. Os Eisweine (vinhos do gelo) alemães são uma especialidade mundialmente famosa, frequentemente servida com a sobremesa.
Norte gelado
Na Alemanha, os 52 graus de latitude são considerados o limite natural para a vinicultura. A cidade de Werder, em Brandemburgo, é oficialmente considerada a região vinícola mais setentrional do mundo. Na Finlândia, por exemplo, com a ajuda de uma central nuclear, a água quente do sistema de aquecimento é conduzida através de tubos e mantém o solo sob as vinhas livre de gelo.
Vinho branco tinto?
Vinho branco, claro! Mas, se for um vinho branco feito com uvas tintas, então é um Blanc de Noir. Quando removemos a casca escura da uva tinta, o suco e a polpa são claros. Seu vinho tem pouca acidez e é especialmente leve. Um bom exemplo é o champanhe francês, frequentemente feito a partir de uvas vermelhas Pinot Noir.
O vinho jovem
Em novembro, é comum ver homens rolando barris pelas ruas de Lyon, na França. É tradição que, a partir da terceira quinta-feira do mês, o Beaujolais Nouveau pode ser aberto, bebido e vendido. O vinho da região com o mesmo nome, perto de Lyon, é o primeiro que pode ser vendido no ano da colheita. Especialistas lhe atribuem baixa qualidade, mas isso não prejudica sua popularidade no mundo inteiro.
Os vinhedos mais altos
Na adega Colomé, em Salta, Argentina, ficam as vinhas mais altas do mundo, a uma altitude de 3.111 metros. Na Alemanha, o Hohentwieler Olgaberg é o vinhedo mais alto, a 560 metros de altitude. Na ensolarada região de Baden, no sudoeste, são produzidos vinhos famosos como Riesling e Pinot Noir.
Salvação americana
Por volta de 1850, a filoxera americana, uma praga que ataca as vinhas, chegou à Europa e começou um trabalho destrutivo. Ela se espalhou por todas as regiões vinícolas e destruiu a colheita durante décadas. A única solução vista na época foi cruzar as frágeis vinhas europeias com as plantas resistentes da América. Et voilà! O vinho europeu estava salvo.
Rainha do vinho
Cada região vinícola que se preze na Alemanha tem uma rainha do vinho. Ela deve ter mais de 18 anos e saber tudo sobre vinhos. Até 1999, uma rainha do vinho não podia ser casada. Hoje em dia, isso não vale mais. O imprescindível, no entanto, é que as candidatas tenham um "vínculo claro e forte com os vinhos alemães".
E por que não um rei?
Quando a pequena vila de Kesten, junto ao rio Mosela, em 2016, não conseguiu encontrar uma rainha do vinho, o estudante de Direito Sven Finke-Bieger assumiu o papel de Baco, o deus romano do vinho. Dois anos depois, ele passou o bastão novamente para uma mulher. Segundo ele, foram meses de agenda cheia, com cerca de 200 compromissos.