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ONU expressa preocupação com direitos humanos na Venezuela

30 de setembro de 2016

Representante da ONU diz que detenções arbitrárias e instrumentalização do sistema judiciário estão entre os problemas. Países oferecem ajuda para intermediar diálogo entre governo venezuelano e oposição.

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Venezuelanos protestam contra o governo em Caracas
Venezuelanos protestam contra o governo em CaracasFoto: Reuters/H. Romero

O alto comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al-Hussein, afirmou nesta quinta-feira (29/09) que se preocupa com a situação de direitos humanos na Venezuela.

"Não possuímos um escritório de direitos humanos em Caracas ou na Venezuela, mas as Nações Unidas estão presentes no país e nos preocupamos muito com a situação", disse Hussein, numa coletiva de imprensa em Bogotá. O comissário foi à Colômbia para acompanhar a assinatura do acordo de paz.

Entre as preocupações, o representante da ONU apontou detenções arbitrárias e a instrumentalização do sistema judiciário pelo governo venezuelano. Hussein disse ainda que a única maneira para o país superar as dificuldades é abrindo perspectivas de direitos humanos, sociais e econômicas.

Referendo revogatório

O Brasil, Chile, México, Argentina, Paraguai e Peru afirmaram nesta quinta-feira estarem preocupados com a decisão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela de adiar o referendo revogatório sobre o mandato do presidente Nicolás Maduro para 2017.

Numa declaração direcionada ao Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos, os países pediram que a Venezuela estabeleça um diálogo com a oposição para preservar a paz e a segurança e exigiram a libertação de presos políticos.

Os diplomatas do Brasil, Chile, México, Argentina, Paraguai e Peru reiteraram ainda seu apoio e disposição para intermediar o diálogo entre o governo de Maduro e os diversos atores políticos e sociais do país.

Os países afirmaram que somente com diálogo é possível promover a estabilidade política e a recuperação econômica.

CN/efe/rtr