OMS prevê alastramento do zika nas Américas
25 de janeiro de 2016A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta segunda-feira (25/01) que o vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e associado a casos de microcefalia em bebês no Brasil, deve se espalhar por todos os países das Américas, exceto Canadá e Chile.
A OMS aconselha que mulheres com planos de viajar para áreas onde o zika está em circulação consultem um médico antes de viajar e antes do retorno. O zika pode ser transmitido através do sangue e também já foi encontrado no sêmen humano, mas ainda não há evidências conclusivas de que ele pode ser transmitido sexualmente, segundo a OMS.
A diretora-geral da entidade, Margareth Chan, disse estar "muito preocupada" com a disseminação do vírus zika. A entidade registrou a presença dele em diversos países, com destaque para Brasil, Colômbia, El Salvador, Panamá e Cabo Verde.
O país mais afetado é o Brasil, onde foram identificados quase 3.900 casos de microcefalia. O Ministério da Saúde registrou 49 mortes de bebês devido à malformação congênita, e seis dessas tiveram a relação com o vírus zika confirmada.
Somente nas duas primeiras semanas do ano, foram registrados 728 novos casos suspeitos de microcefalia. As notificações foram feitas em 764 municípios de 21 estados. Pernambuco possui o maior número de registros, com 1.306 suspeitas, o que equivale a 33% do total.
EUA e Europa
As autoridades do estado de Nova York, nos EUA, afirmaram na última sexta-feira que três pessoas apresentaram resultado positivo para o vírus zika. Todos os infectados teriam viajado para países onde o vírus está se espalhando com rapidez.
Também na sexta-feira, as autoridades de saúde americanas estenderam, de 14 para 22 países, o alerta de viagem para mulheres grávidas, pedindo que estas evitem destinos na América Latina e Caribe devido ao zika.
Já a Inglaterra afirmou que três pessoas foram diagnosticadas com o vírus. De acordo com o Departamento de Saúde Pública, todos voltaram de viagens realizadas a Colômbia, Suriname e Guiana Francesa.
A Catalunha, uma região autônoma da Espanha, disse que duas mulheres de origem sul-americana foram diagnosticadas com o vírus no final de 2015, quando voltaram de viagem da América Latina.
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