O drama dos animais em Mariana
Voluntários se revezam em galpão para cuidar de animais feridos na avalanche de lama provocada pelo rompimento da barragem de Fundão. Pelo menos 650 bichos já passaram pelo local.
Bebê
Voluntária recorre à seringa para alimentar filhotes recolhidos nos arredores do distrito de Bento Rodrigues, devastado pela lama. Em meio a tanto desalento, há um único lugar, bem próximo ao epicentro da tragédia de Mariana, onde todos os dias há motivos para comemoração.
Cadela e filhotinhos
Filhotes chegaram ao abrigo de animais montado às margens da rodovia MG-129 cobertos de lama. Mãe mãe estava ferida e faminta. Batizado de Centro de Recolhimento de Animais, pelo menos 650 bichinhos passaram por ali.
Bezerrinho
O bezerrinho nasceu no galpão improvisado. A mãe foi resgatada isolada e faminta próximo ao distrito de Paracatu de Baixo. "Muitos chegaram doentes e com fome, mas receberam toda a assistência que precisam", conta veterinária.
Tratamento especial
Uma voluntária troca os curativos do pequeno paciente, ainda debilitado por um bicheiro atrás da orelha. Mais de 800 animais já passaram pelo galpão.
Carente
Nem todos os animais foram identificados. Após a recuperação, aqueles que não tiverem seus donos encontrados podem ser oferecidos à adoção.
Cavalo
Equipes de resgate ainda circulam pelas áreas atingidas pela tragédia. Muitos animais estão retornando e acabam atolados no mar de lama.
Sofrimento
Cães estão entre os que mais sofrem, segundo veterinários. Após os ferimentos e a fome passados após acidente, muitos estão carentes no canil à espera da recuperação completa.
Quarentena
Alguns pacientes começam a sofrer de estresse devido ao tempo passado no canil. Voluntários tentam distribuir carinho e levar para passeios.
Buscam continuam
O bombeiro Carlos Eduardo encontra duas galinhas solitárias ciscando no meio dos rejeitos de minério de ferro em Bento Rodrigues. Todos os dias, animais perdidos são encontrados, mesmo mais de um mês após a tragédia.
Reencontro
Juarez Mariano de Souza e o filho vão visitar o cachorrinho da família, Lui, identificado no abrigo. Ele ainda não pode ser levado, pois a família Souza continua à espera de uma nova casa.