Novos ventos na feira aérea de Le Bourget
Edição 2017 do maior salão aeronáutico do mundo, nos arredores de Paris, quer reverter o arrefecimento da indústria da aviação. Modelos apresentados procuram chamar a atenção de diversas formas.
Arte na aviação
A pintura no protótipo E195-E2 da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) chamou a atenção de muitos visitantes, mas dificilmente será usada em aviões de linha. Assim como a chinesa Comac e a russa Irkut, a fabricante brasileira de aeronaves pretende fazer concorrência às gigantes Airbus e Boeing.
Uma dobrinha a mais
Para reverter as fracas vendas do superavião A380, a fabricante europeia Airbus experimenta com dobras mais acentuadas na extremidade das asas. Assim, o A380plus deverá consumir até 4% menos combustível.
Ocupando nichos
Quando dois titãs brigam, como a Airbus e a Boeing, quem lucra são terceiros, ocupando de bom grado os nichos do mercado. A China, por exemplo, apresentou o drone Wing Loong II. Numa visão futurísta, táxis aéreos não tripulados poderão revolucionar o transporte urbano.
Correm boatos...
A boca miúda, diz-se que a empresa americana de armamentos Lockheed Martin está diante da maior encomenda de jatos de combate de sua história: consta que um grupo de 11 países, inclusive os EUA, fez um pedido em três parcelas de 440 caças do tipo F-35, como este que se vê aqui no show aéreo em Le Bourget.
Família Dreamliner
A foto mostra o cockpit de um Boeing 787-10 de testes. A empresa americana está ampliando a sua família de aeronaves Dreamliner: esta versão oferece mais espaço para os passageiros do que modelos anteriores. Consta que desde fevereiro de 2017 foram encomendadas 149 aeronaves. Em 2018 a Singapore Airlines deverá ser um dos primeiros clientes.
Novas tecnologias
A guinada tecnológica também chegou aos aviões. Na foto, vê-se Maziar Farzam, chefe da empresa Inhance Digital, diante de um Boeing 787-10 apresentando óculos de realidade virtual que deverão fornecer informações adicionais ao piloto. Os engenheiros da Airbus esperam que, também na indústria de aviação, a tecnologia digital ajude a economizar 30% a 50% dos atuais custos.
Não livre de defeitos
Para a Airbus, a aeronave de transporte militar A400M continua sendo um problema, sentido recentemente também pela ministra alemã da Defesa, Ursula von der Leyen, durante viagem à Lituânia. Depois de uma turbina falhar, o avião teve que ficar parado em Kaunas. Por outro lado, transcorreu sem problemas a chegada do presidente francês, Emmanuel Macron, a Le Bourget, a bordo de um A400M.
Também os austríacos
Os austríacos também sabem construir aviões: na foto, vê-se o modelo Diamond DA42 MPP da Daimond Aircraft Industries Austria, do estado da Baixa Áustria. MPP é a sigla em inglês para "plataforma multipropósito". Segundo a fabricante, o DA42 pode ser empregado, por exemplo, no combate à pirataria e pescaria ilegal, como avião de reconhecimento marítimo e costeiro.