Novos Patrimônios Mundiais da Unesco

A cidade-Estado alemã ganha seu primeiro Patrimônio Mundial. Os 15 armazéns ao longo do rio Elba são testemunha de uma arquitetura industrial marítima e eclética. A honraria também inclui o distrito vizinho de Kontorhaus. Principalmente o edifício Chilehaus, com seus tijolinhos vermelhos escuros, é arquitetonicamente significativo.

Com 50 sítios, a Itália é a campeã em termos de Patrimônio Mundial. E agora possui mais um: a Palermo árabe-normanda (foto) e as catedrais de Cefalù e Monreale. Elas representam o legado do Reino da Sicília. No século 12, os governantes normandos combinaram elementos arquitetônicos do Ocidente e do Oriente.

Na França, duas regiões famosas pela cultura do vinho também foram agraciadas com o título de Patrimônio Mundial. Uma delas é a região dos vinhedos de Borgonha, onde a viticultura é praticada desde a Idade Média. E o segundo título francês deste ano vai para os vinhedos e adegas da região de Champagne.

Faixas em forma de estrela cortam as florestas da Zelândia do Norte, na Dinamarca. Elas foram feitas especialmente para os prazeres de caça da nobreza e ilustram uma etapa significativa do paisagismo europeu nos séculos 17 e 18 (foto). O segundo Patrimônio Mundial da Dinamarca é a Colônia da Igreja Luterana de Christiansfeld, fundada em 1773.

Além do distrito industrial norueguês de Rjukan-Notodden, a ponte ferroviária sobre o rio Forth, no Reino Unido, também foi incluída na lista de Patrimônios Mundiais (foto). Ela liga Edimburgo à Península de Fife e é considerada um marco da engenharia de pontes.

Neste ano, a Turquia ganhou dois novos Patrimônios Mundiais. A antiga cidade de Éfeso (foto) guarda vestígios do famoso templo de Artemis, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Éfeso é considerada excelente exemplo de cidade portuária romana. O outro título coube à Fortaleza de Diyarbakir, escolhida junto aos jardins Hevsel.

No século 2°, a necrópole de Beth She'arim, em Israel (foto), foi para os judeus o local mais importante de sepultamento fora de Jerusalém. Inscrições nas catacumbas testemunham um período de renascimento da cultura religiosa judaica. Além disso, a Betânia jordaniana, região de peregrinação cristã onde morou e pregou São João Batista, também foram incluídas na lista.

A Jamaica ainda não possuía nenhum título. Isso mudou. Rica em biodiversidade, a cordilheira formada pelas Montanhas Blue e John Crow foi declarada Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade. Ela abrange os picos mais altos da Jamaica e é lar de muitas espécies ameaçadas de extinção. A região também é significativa por estar ligada à história dos quilombolas e à luta contra a escravidão.

O país insular também ganhou seu primeiro Patrimônio Mundial. Com mais de 3.000 espécies da flora tropical e um jardim de orquídeas, o Jardim Botânico está entre os mais bonitos e cientificamente mais importantes do mundo. Sua história remonta a 150 anos. Anualmente, ele é visitado por mais de 4 milhões de pessoas.

Outro Patrimônio Mundial na Ásia é o sítio arqueológico de Tusi, antiga região dos governantes tribais no sul da China (foto). Além disso, a montanha sagrada de Burkhan na Mongólia, os sítios arqueológicos da dinastia Baekje na Coreia do Sul e instalações industriais da era Meiji no Japão foram elevados ao status de Patrimônio Mundial da Humanidade.

A cidade iraniana de Susa já foi um importante centro comercial. Hoje, vestígios de mais de 5 mil anos de história de assentamento fazem das ruínas um tesouro arqueológico (foto). O vilarejo histórico de cavernas no vale de Maymand é o segundo Patrimônio Mundial iraniano neste ano. Na Arábia Saudita, os desenhos rupestres pré-históricos em Hail também passam a fazer parte da lista da Unesco.

As missões espanholas de San Antonio, no Texas, do século 18, possibilitam uma visão sobre o período de colonização e são exemplo do entrelaçamento cultural entre espanhóis e indígenas. No México, o Aqueduto do Padre Tembleque também foi elevado a Patrimônio Mundial, da mesma forma que o distrito industrial de Fray Bento, no Uruguai.