Novos patrimônios mundiais da Unesco em 2018
Em conferência no Bahrein, comitê da Unesco elege os sítios que passam a ser patrimônio cultural ou natural da humanidade. Veja 11 dos novos locais que vale a pena conhecer e proteger, em quatro continentes.
Catedral de Naumburg, Alemanha
Erigida no século 13, a catedral da cidade no sul da Baixa Saxônia é uma obra prima da arquitetura Alta Idade Média. Especialmente famosas são as esculturas de aparência quase viva, atribuídas ao "Mestre de Naumburg". Entre elas, a melancólica Uta von Naumburg (foto), considerada a mulher mais bela da época.
Göbekli Tepe, Turquia
O sítio arqueológico no sudeste da Anatólia está sob suspeita de ser o templo mais antigo do mundo. A idade das colunas e cruzes de pedra no local é avaliada em 12 mil anos. Com isso, o santuário da Idade da Pedra teria o dobro da idade de Stonehenge, na Inglaterra, e das pirâmides do Egito.
Mosteiros budistas de montanha, Coreia do Sul
Apesar de séculos de repressão, em quatro mosteiros isolados – Tongdosa, Buseoksa, Beopjusa e Daeheungsa – a tradição do budismo coreano se manteve viva, do século 7º até hoje. O pagode principal, em cinco andares, é a marca registrada do templo de Beopjusa, onde em certa época viviam quase 3 mil monges.
Medina Azahara, Espanha
No ano 936, o califa de Córdoba ordenou a construção de uma magnífica cidade real, dedicada a sua concubina Az-Zahra. Medina Azahara levou quatro décadas para ser erguida, mas após 44 anos foi destruída por líderes inimigos. Hoje, o sítio arqueológico no sul da Espanha oferece uma reveladora visão da cultura moura e da história do país.
Hedeby e Danevirke, Alemanha
Em estilo completamente diferente, no século 9º os vikings construíram no norte da Alemanha o centro comercial Hedeby, protegido pela Danevirke, uma muralha com mais de 30 quilômetros de extensão. Uma oportunidade para ver esse povo nórdico, em geral tão belicoso, também como pacíficos comerciantes e artesãos.
Parque Nacional Chiribiquete, Colômbia
Com platôs e pinturas rupestres, o Parque Nacional Chiribiquete, na Bacia Amazônica, foi declarado Patrimônio da Humanidade tanto por sua natureza como por sua relevância cultural. Cerca de 75 mil pinturas pré-históricas documentam cenas de caça, batalhas, danças e cerimônias em torno do Culto do Jaguar.
Thimlich Ohinga, Quênia
Os muros de Thimlich Ohinga subsistem há mais de 500 anos, apesar de serem construídos apenas de pedras sobre pedras, sem argamassa. Como mais importante sítio arqueológico da África Oriental, eles são um testemunho da cultura e artesanato das comunidades pastoris que povoaram a região do Lago Vitória a partir do século 16.
Sítios cristãos ocultos na região de Nagasaki, Japão
Uma catedral, um castelo e dez aldeias contam a história dos missionários cristãos perseguidos no Japão, do século 17 ao 19. Eles sobreviveram em pequenas comunidades ao longo do litoral ou em ilhas distantes, desenvolvendo uma religião toda própria, rústica e singela.
Ruínas de Qalhat, Omã
A cidade no nordeste do sultanado árabe foi um importante oásis comercial nos séculos 14 e 15. O Mausoléu de Bibi Maryam (foto), possivelmente dedicado a uma dama nobre, ainda recorda esses tempos prósperos. Na moderna Qalhat e seu porto hoje tudo gira em torno do gás líquido de Omã.
Bairro vitoriano e art déco em Mumbai, Índia
Arquitetura europeia combinada com design indiano é a marca registrada deste bairro na metrópole indiana. Os prédios vitorianos datam do século 19, o conjunto art déco, do século 20. A partir de Mumbai, esse estilo indo-gótico-déco se espalhou pelo subcontinente, e agora integra o patrimônio da humanidade.
Pimachiowin Aki, Canadá
Gigantescas florestas, rios amplos: há mais de 7 mil anos esta paisagem é o lar dos Anishinaabeg. "Pimachiowin Aki" significa "terra que dá vida". A obrigação de preservá-la está até hoje profundamente arraigada na cultura desse povo indígena canadense, numa busca de harmonia com a natureza.