Nos pênaltis, Costa Rica vence Grécia e terá Holanda pela frente
30 de junho de 2014Depois de deixar três campeões mundiais para trás na fase de grupos, a Costa Rica deu seguimento neste domingo (19/06), no Recife, à sua surpreendente trajetória na Copa com uma vitória dramática nos pênaltis (5 a 3), após um empate em 1 a 1 com a Grécia no tempo normal e na prorrogação.
Os costarriquenhos saíram na frente no início do segundo tempo, com Bryan Ruiz, e cederam o empate já nos acréscimos, quando Sokratis marcou. Mesmo com um jogador a menos durante metade da etapa final e toda a prorrogação, eles conseguiram segurar a pressão grega.
A primeira colocada do Grupo D, que venceu Uruguai e Itália e empatou com a Inglaterra, terá agora o desafio de se recuperar da desgastante partida deste domingo e desbancar a Holanda. A estreia da Costa Rica em quartas de final de um Mundial será na quinta-feira, em Salvador.
O jogo
O torcedor que comprou ingresso com antecedência para a quarta partida das oitavas de final possivelmente esperava ver um campeão mundial. E as chances eram altas: estavam no Grupo D Itália, Inglaterra e Uruguai.
Daí talvez parte de sua irritação quando, ao fim de um primeiro tempo sem grandes emoções no Recife, optaram por uma sonora vaia a Costa Rica e Grécia. Na quente e úmida tarde pernambucana, foram poucas as chances criadas nos primeiros 45 minutos.
A Grécia até finalizou mais a gol (7 a 2), mas teve menos posse de bola (46%). Sua melhor chance no primeiro tempo foi aos 36, com Salpingidis, que recebeu lançamento, ficou de frente para o gol, mas parou no goleiro Navas. Do lado costarriquenho, nada que chegasse a assustar o goleiro Karnezis.
O marasmo foi quebrado aos seis minutos do segundo tempo, quando Bryan Ruíz recebeu passe na entrada da área e chutou fraco, no canto esquerdo de um imóvel Karnezis, para fazer 1 a 0. A partida, porém, só foi se abrir mais aos 20 minutos, com o cartão vermelho para Duarte.
Com um jogador a mais e atrás no placar, a Grécia se lançou ao ataque. Mas se limitou a alçar bolas sem pontaria na área costarriquenha e em raros momentos chegou de fato a ficar perto do empate no tempo regulamentar.
Só aos 46 minutos da etapa final saiu o gol de empate, com Sokratis, que aproveitou o rebote de uma defesaça do goleio Navas para levar a partida para a prorrogação. E os 30 minutos de tempo extra foram de um time só.
Durante a prorrogação, a Grécia teve em média 70% de posse de bola. Mas insistia nas bolas aéreas – foram quase 50 durante todo o jogo. E isso, mesmo diante de uma já desgastada e desorganizada Costa Rica, se mostrou insuficiente.
A partida foi então para os pênaltis, para a comemoração dos mais entediados presentes no estádio. E a Costa Rica, apesar do cansaço, levou a melhor: 5 a 3 e classificação inédita.
Ficha técnica
Costa Rica 1(5) x 1(3) Grécia
Local: Arena Pernambuco, Recife
Arbitragem: Benjamin Williams (Austrália) auxiliado por seus compatriotas Matthew Cream e Hakan Anaz.
Gols: Bryan Ruiz (7'/2T), Sokratis Papastathopoulos (46'/2T)
Cartões amarelos: Andreas Samaris (36'/1T), Óscar Duarte (42'/1T), Yeltsin Tejeda (3'/2T), Esteban Granados (12'/2T), Bryan Ruiz (25'/2T), Konstantinos Manolas (27'/2T), Keylor Navas (45'/2T)
Cartões vermelhos: Óscar Duarte (21'/2T)
Pênaltis:
Costa Rica: Celso Borges (√), Bryan Ruiz (√), Giancarlo González (√), Joel Campbell (√), Michael Umaña (√)
Grécia: Konstantinos Mitroglu (√), Lazaros Christodoulopoulos (√), Jose Holebas (√), Theofanis Gekas (x)
Costa Rica: Keylor Navas; Cristian Gamboa (Johnny Acosta 32'/2T), Óscar Duarte, Giancarlo González, Michael Umaña, Júnior Díaz; Celso Borges, Yeltsin Tejeda (José Miguel Cubero 21'/2T), Bryan Ruiz, Christian Bolaños (Randall Brenes 38'/2T); Joel Campbell. Técnico: Jorge Luis Pinto.
Grécia: Orestis Karnezis; Vasileios Torosidis, Konstantinos Manolas, Sokratis Papastathopoulos, Jose Holebas; Georgios Karagounis, Ioannis Maniatis (Konstantinos Katsouranis 33'/2T), Konstantinos Manolas, Andreas Samaris (Konstantinos Mitroglu 13'/2T); Dimitrios Salpingidis (Theofanis Gekas 24'/2T), Lazaros Christodoulopoulos e Georgios Samaras. Técnico: Fernando Santos.