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Neve deixa dezenas de milhares de viajantes ilhados na China

2 de fevereiro de 2016

Condições climáticas atrasam trens e atrapalham volta de chineses para casa para o Ano Novo Lunar. Polícia afirma que 100 mil pessoas ficaram presas em estação de Cantão.

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Foto: STR/AFP/Getty Images

Dezenas de milhares de pessoas ficaram presas nesta terça-feira (02/05) numa estação ferroviária na cidade de Cantão, no sul da China, durante as comemorações do Ano Novo Lunar. Muitos trens se atrasaram por conta da pesada neve que caiu no norte e o centro do país.

Segundo a polícia, o número de pessoas que esperavam por transporte na estação chegou a 100 mil na tarde desta segunda-feira (1º/02). Quase quatro mil policiais foram enviados ao local para evitar tumultos.

A multidão diminuiu nesta terça-feira, mas ainda havia cerca de 50 mil pessoas nos arredores da estação central de Cantão por volta do meio-dia (no horário local). Segundo a agência oficial de notícias do país, Xinhua, pelo menos 24 trens estavam atrasados.

O Ano Novo Lunar, que neste ano é comemorado em 8 de fevereiro, é um importante feriado na China. Segundo a tradição, membros da mesma família devem estar reunidos na véspera, e, por isso, muitos trabalhadores e estudantes voltam para suas cidades de origem nessa data.

Polo industrial importante para a China, o estado de Guangdong, que tem Cantão como capital, abriga um número vasto de trabalhadores de outras partes do país.

O governo chinês estima que 2,91 bilhões de viagens sejam realizadas durante os 40 dias de alta temporada, que engloba o feriado do Ano Novo Lunar. O fenômeno é considerado a maior movimentação anual de pessoas do mundo.

No fim de janeiro, a China foi atingida por baixíssimas temperaturas, de uma forma que não se via há décadas. Algumas regiões do país viram neve pela primeira vez em anos.

Nesta segunda-feira, o frio também atrasou cerca de 55 trens numa estação de Xangai, fazendo com que cerca de 30 mil viajantes esperassem por horas antes de embarcar, segundo afirmou a CCTV, emissora de televisão estatal chinesa.

EK/afp/rtr