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Na UE, cartola da Fifa cobra atenção a direitos humanos em sedes de Copa

13 de fevereiro de 2014

Theo Zwanziger, ex-presidente da federação alemã e membro Comitê Executivo da Fifa, diz no Parlamento Europeu que questão dos direitos humanos deveria ser critério na hora de decidir que país vai receber um Mundial.

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Foto: picture-alliance/dpa

O ex-presidente da Federação Alemã de Futebol Theo Zwanziger, um dos 25 membros do Comitê Executivo da Fifa, defendeu nesta quinta-feira (13/02) que a entidade máxima do futebol observe com atenção se um país respeita os direitos humanos na hora de escolher a sede de uma Copa do Mundo.

"A opção pelo Catar aconteceu num momento em que questões de direitos humanos não eram tematizadas em grande escala", afirmou o cartola da Fifa durante uma audiência na Comissão de Direitos Humanos do Parlamento Europeu, em Bruxelas. "No futuro, teremos que atribuir a essa questão um peso muito maior."

Zwanziger disse que a Fifa não é a única responsável pela maneira como o mundo futebolístico lida com o Catar. Segundo ele, clubes que fazem pré-temporada no emirado não devem fechar os olhos para a situação local. Na atual temporada, Bayern de Munique e Schalke passaram pelo país.

O cartola também pressionou o emirado a rever as condições de trabalho para os imigrantes que ajudam a construir os estádios da Copa de 2022. "Na questão de direitos humanos não há mais tempo a perder", declarou. "Nos seus investimentos em concreto, o Catar precisa primeiro se perguntar que consequências isso tem para as pessoas que trabalham com esse concreto."

Zwanziger, que em entrevistas para a imprensa alemã já criticou abertamente a escolha do Catar, disse porém que não faz sentido tirar o Mundial do país. Segundo ele, as obras para a Copa recém começaram. Segundo denúncias do jornal britânico Guardian, porém, mais de cem pessoas morreram em obras para a Copa do Mundo de 2022.

AS/dpa/sid