Na reserva, Kahn diz não entender decisão de Klinsmann
25 de junho de 2006O goleiro Oliver Kahn ainda não assimilou a sua condição de reserva na seleção alemã e diz que até hoje não entende os motivos que levaram o técnico Jürgen Klinsmann a colocá-lo no banco.
"Por um lado, eu tento sempre fazer aquilo que a equipe necessita porque eu sei me controlar. Por outro lado, eu disse claramente a ele que eu jamais entenderei por que eu não sou mais o número um", afirma o jogador do Bayern de Munique em entrevista à revista semanal Der Spiegel.
Mistério
Segundo Kahn, continua sendo um mistério para ele a decisão de Klinsmann de dar a Jens Lehmann a camisa número um. "Fala-se que ele seria 'um pouco' melhor. Me desculpe, mas troca-se o número um depois de tanto tempo jogando regularmente só porque um outro seria 'um pouco' melhor?", questiona.
"Para mim, isso não é uma justificativa", diz Khan. Como até hoje ele não teria recebido nenhuma, resta a ele acreditar que não haja justificativa, avalia o goleiro, que assistiu do banco aos quatro primeiros jogos da Alemanha na Copa do Mundo.
Experiência
Para Kahn, Klinsmann poderia ter tomado outra decisão. Ele reforça a sua opinião com exemplos. Nos casos de Barthez (França), Van der Sar (Holanda) e Buffon (Itália), a experiência foi decisiva para que eles fossem titulares em suas seleções.
"Qual a diferença", pergunta Kahn. "Eu joguei durante dois anos em grande forma. Joguei bem na Liga dos Campeões, fui duas vezes campeão alemão e da Copa da Alemanha e tenho uma enorme experiência em torneios", completa.
Assistir aos jogos do banco de reservas tem sido uma experiência difícil para o experiente goleiro. "O caminho até o banco é sempre difícil. Eu observo o jogo e, assim que acaba, sumo logo que posso para o vestiário."