Copa do Mundo 2010
22 de outubro de 2009A revista alemã Sport Bild publicou declarações do diretor de operações da empresa de segurança BaySecur, Günter Schnelle, nas quais ele supostamente afirma ser necessário reduzir ao mínimo as saídas dos jogadores da área do hotel em que estarão hospedados durante a Copa na África do Sul devido à falta de segurança no país.
"Caso contrário, teremos que lançar mão de todos os recursos, de guarda-costas armados a coletes à prova de balas", teria dito Schnelle. A BaySecur é uma das empresas que concorrem para garantir a segurança da equipe alemã durante o próximo mundial de futebol. Ela já forneceu segurança, entre outras, para a seleção brasileira durante a Copa de 2006 na Alemanha, conforme lembra a Sport Bild.
Schnelle desmentiu a declaração, ao ser questionado por jornalistas sul-africanos. Entretanto, a mídia local não perdoou a deixa. "Por favor, não atirem, somos alemães", foi a manchete sarcástica do diário econômico sul-africano Business Day.
O jornal de maior tiragem do país, The Star, afirmou que, caso o conselho seja levado ao pé da letra, os leitores devem esperar "um grupo de craques alemães passeando por Pretória vestindo coletes à prova de balas e cercados por guarda-costas armados, que os circundam como garçons em festivais de cerveja". Schnelle, entretanto, garantiu ao periódico que a citação da revista alemã era inventada.
Zona de segurança máxima
Ainda segundo a revista, dirigentes da Federação Alemã de Futebol (DFB, na sigla em alemão) teriam se mostrado preocupados com as estatísticas de violência na África do Sul e planejariam tornar a concentração da seleção do país em uma área de segurança máxima.
Neste final de semana, a DFB vai enviar uma delegação à África do Sul para inspecionar as condições de segurança no local e avaliar a necessidade de contratar um efetivo adicional para proteger os craques dentro e fora do hotel cinco estrelas Velmore Grande, situado na província de Gauteng, a poucos quilômetros de Pretória.
"Poderemos empregar mais pessoas do que foi o caso até agora. Mas precisamos primeiro que os sul-africanos entreguem um plano prevendo o que nos oferecerão como de medidas de segurança", afirmou o diretor para segurança da DFB, Helmut Spahn. "Só depois decidiremos se as medidas são suficientes ou se teremos que melhorá-las", acrescentou.
Entretanto, ele ressalvou que a DFB só tomará decisões após a viagem de Spahn e depois que o assunto for discutido com representantes da Fifa e do comitê organizador da Copa.
MD/sid/dpa
Revisão: Rodrigo Rimon