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México extradita El Chapo para os Estados Unidos

20 de janeiro de 2017

Depois de duas fugas espetaculares de penitenciárias mexicanas, líder do cartel de Sinaloa é entregue a autoridades americanas. Narcotraficante deve ser levado para Nova York, onde provavelmente será julgado.

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El Chapo em maio de 2016
El Chapo em maio de 2016Foto: picture-alliance/dpa/Prensa Internacional via ZUMA Wire

O governo mexicano entregou nesta quinta-feira (19/01) às autoridades dos Estados Unidos o narcotraficante Joaquín "El Chapo" Guzmán. O Departamento americano de Justiça confirmou a extradição.

Segundo o Ministério mexicano do Exterior, o líder do cartel de Sinaloa foi entregue às autoridades americanas depois de o Tribunal Superior do México ter recusado os recursos interpostos pelo seu advogado, nos quais o narcotraficante se opunha à extradição.

Em comunicado, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos confirmou que El Chapo estava a caminho dos EUA e agradeceu ao México pela cooperação.

Uma fonte da agência americana antidrogas (DEA) disse que El Chapo foi entregue às autoridades americanas em Ciudad Juarez, que fica na fronteira mexicana com El Paso, no Texas. De lá, ele será levado para Nova York, onde, provavelmente, deverá ser julgado.

Leia mais: El Chapo e Pablo Escobar: dez semelhanças e uma diferença

O traficante enfrenta acusações em seis jurisdições no país. Ele responderá num tribunal do Texas a acusações de associação delitiva, contra a saúde, delinquência organizada, posse de armas, homicídio e lavagem de dinheiro. Em outra corte da Califórnia, Guzmán é acusado de associação para importar cocaína com a intenção de distribuir.

Detido em janeiro de 2016, El Chapo escapou de duas prisões de segurança máxima mexicanas, em 2001 e 2015. Na última ocasião fugiu através de um túnel cavado dentro de sua cela no presídio de Altiplano, ao qual retornou após a captura e permaneceu até maio, quando foi transferido para uma prisão em Ciudad Juárez.

O governo mexicano decidiu extraditar Guzmán para os Estados Unidos em maio a pedido de um tribunal do Texas, mas a defesa do narcotraficante apresentou vários recursos para tentar impedir o processo.

CN/efe/ap/lusa