Na Polônia, o governo conservador intensificou as restrições ao aborto. A medida culminou em protestos de muitas mulheres polonesas, como a artista Marta Solek. Mãe de duas crianças e sem recursos para sustentar um terceiro filho, ela decidiu interromper uma gravidez anos atrás. Para isso, teve que viajar à Eslováquia.
"Só soube que era um bebê de nove semanas, e eu o vi no monitor. Ainda tenho essa imagem na minha cabeça. Não foi fácil", afirmou. "Eu sabia que eu não poderia oferecer nada para esta criança, como um bom começo de vida."
Solek não é um caso isolado na Polônia. Como a intervenção é proibida, eis o dilema de muitas polonesas que querem fazer um aborto – elas precisam ir ao exterior ou encarar operações clandestinas. A cada ano, cerca de 200 mil polonesas fazem abortos.