Mudanças climáticas: devemos nos preparar para o pior?
18 de agosto de 2021A crise climática está se agravando e a ONU deu um ultimato: se não formos capazes de reduzir as emissões de gases de efeito estufa de maneira expressiva e rápida, o aquecimento global até a metade do século vai superar o limite de 1,5 °C, que era o esperado. As consequências, segundo cientistas da área, já estão sendo vistas: incêndios de proporções devastadoras, ondas de calor extremo, derretimento de geleiras e inundações históricas. No Futurando desta semana, vamos discutir o que se pode esperar dos próximos anos, e se há como amenizar os impactos de desastres.
Um desses desastres ocorreu na Alemanha, no mês de julho. Fortes chuvas atingiram os estados da Renânia do Norte-Vestfália e Renânia Palatinado. O volume foi tão alto que rios transbordaram, destruindo casas. Conversamos com a brasileira Marcela Amandio, moradora de Bad Neuenahr-Ahrweiler, uma das localidades mais afetadas: "A água não parava de subir”, relembra.
Para debater o papel do aquecimento da atmosfera nesse tipo de incidente, falamos com a coordenadora de ciências da ONG The Nature Convervancy, Edenise Garcia, e o coordenador de análises climáticas do Serviço Meteorológico Alemão, Thomas Deutschländer.
O Futurando ouviu ainda Osvaldo Moraes, diretor do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Moraes analisou o que ocorreu na Alemanha, destacando a importância de se fazer um mapeamento consistente de áreas de risco. Assim, na visão dele, seria possível mitigar efeitos de fenômenos meteorológicos futuros.
Você, por acaso, já ouviu alguém duvidar das mudanças climáticas, atribuindo o aquecimento do planeta a um processo natural, ou consequência de uma possível reversão dos polos magnéticos da Terra? Entrevistamos especialistas que explicam por que uma coisa não necessariamente tem a ver com a outra, e o que mudaria na nossa vida, caso os polos trocassem de lugar em alguns milhares de anos.
Como, para a ciência, as mudanças climáticas são uma realidade incontestável, talvez seja a hora de nos prepararmos para mais enchentes, mais incêndios. Vamos trazer dois exemplos, tanto no caso de cheias quando no caso de fogo, de como dá para se precaver de verdadeiras tragédias, como as que vimos nas últimas semanas.