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Morre pai de bebê palestino queimado vivo na Cisjordânia

8 de agosto de 2015

Casa de família palestina foi alvo de incêndio presumivelmente provocado por extremistas judeus há uma semana. Mãe e criança de quatro anos permanecem em estado grave.

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Foto: Reuters/A. Omar Qusini

Autoridades palestinas afirmaram neste sábado (08/08) que o pai de um bebê palestino morto num ataque efetuado por extremistas judeus no norte da Cisjordânia não resistiu aos ferimentos. A casa onde Saad Dawabsha e a família viviam, no vilarejo de Duma, foi alvo de um incêndio criminoso em 31 de julho.

Dawabsha sofreu queimaduras de terceiro grau e tinha quadro de saúde crítico. Familiares e amigos fizeram um cortejo pelas ruas de Duma, antes de o corpo ser cremado. A esposa do palestino e um filho do casal, de quatro anos de idade, seguem internados em estado grave num hospital israelense.

O ataque à casa da família ocorreu de madrugada. Extremistas judeus teriam quebrado as janelas e lançado bombas incendiárias na residência, enquanto todos dormiam. Eles picharam a palavra "vingança" e frases como "vida longa ao Messias" em muros da vizinhança.

O bebê de 18 meses morreu na hora. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou o episódio como um ato terrorista.

Choques entre israelenses e palestinos na Cisjordânia não são incomuns. O último episódio violento ocorreu em 2014, quando um jovem palestino foi queimado vivo em Jerusalém, em represália ao assassinato e sequestro de três adolescentes israelenses por militantes palestinos na Cisjordânia.

Segundo especialistas, os crimes de ódio são uma forma de "compensar" ações do governo de Israel, vistas como prejudiciais aos colonos israelenses. Desde o atentado na aldeia de Duma, Israel tem adotado medidas mais duras para reprimir ações violentas de extremistas judeus.

KG/ap/afp