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Moradores de Potsdam protestam contra racismo

21 de abril de 2006

Merkel distancia-se de ministro que minimizou ataque racista e vinculou causas da xenofobia com isolamento da ex-Alemanha Oriental.

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Solidariedade com a vítima em PotsdamFoto: picture-alliance / dpa/dpaweb
BdT Kundgebung gegen Rechts in Potsdam
Solidariedade com a vítima em PotsdamFoto: picture-alliance / dpa/dpaweb

Milhares de pessoas saíram às ruas de Potsdam nesta sexta-feira (21/04), para protestar contra o racismo, a violência e a xenofobia. Na madrugada do último domingo, a cidade situada no Leste da Alemanha foi palco do espancamento brutal de um alemão de origem etíope.

A vítima continua hospitalizada em estado crítico. O Tribunal Federal em Karlsruhe decretou a prisão preventiva de dois alemães suspeitos de autoria do crime, que eles negam ter cometido.

O prefeito de Potsdam, Jann Jakobs, disse durante a manifestação de solidariedade à vítima, que é preciso emitir um sinal contra o ódio e a violência. "Na avaliação das possíveis causas do crime, todos devem se perguntar o que está acontecendo de errado", acrescentou.

Enquanto isso, a chanceler federal alemã Angela Merkel distanciou-se das declarações feitas ontem pelo ministro do Interior, Wolfgang Schäuble, que minimizou o ataque racista de Potsdam. O porta-voz da Chanceleria Federal, Ulrich Wilhelm, atribuiu a xenofobia e a violência à alta taxa de desemprego juvenil e à falta de perspectiva para os jovens.

Schäuble dissera que também pessoas "louras de olhos azuis" se tornam vítimas de atos de violência na Alemanha e que as causas da xenofobia no Leste alemão estariam ligadas ao passado da região (a ex-Alemanha Oriental).