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Meta, dona do Facebook e Instagram, anuncia 11 mil demissões

9 de novembro de 2022

Gigante das redes sociais reduz quadro de funcionários em 13%. É a primeira demissão em massa da história da empresa, e Mark Zuckerberg admite ter tomado decisões erradas na pandemia.

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Logotipos de Facebook, Instagram, WhatsApp e Meta
Meta controla Facebook, Instagram e WhatsApp, três das mais conhecidas redes sociaisFoto: M. Chang/ZUMA Press/picture alliance

A Meta, controladora das redes sociais Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou nesta quarta-feira (09/11) a demissão de 13% de sua força de trabalho, ou mais de 11 mil de seus 87 mil funcionários em todo o mundo. Este é o primeiro grande corte de empregos na história da empresa, que também teve, em julho, sua primeira queda de receita.

A ampla redução de pessoal da Meta é a primeira em 18 anos de história da empresa. O jornal americano The Wall Street Journal havia noticiado o iminente corte pessoal no início da semana. A demissão se soma a decisões semelhantes feitas por outras grandes empresas de tecnologia, incluindo o Twitter após a aquisição de Elon Musk, e a Microsoft.

Musk assumiu o controle do Twitter há cerca de uma semana, depois de comprar a rede social por 44 bilhões de dólares, tendo dissolvido de imediato o conselho de administração, além de expulsar os principais quadros e demitir cerca de metade dos 7.500 funcionários, incluindo toda a equipe dedicada aos direitos humanos. 

As empresas de tecnologia estavam entre aquelas cujos preços das ações dispararam durante a pandemia do Covid-19. As ações da Meta estavam sendo negociadas a cerca de 100 dólares (aproximadamente R$ 500) nesta quarta-feira, em comparação com mais de 300 dólares cerca de um ano atrás. O valor teve alta, de mais de 4%, com a confirmação da demissão em massa.

O presidente-executivo Mark Zuckerberg descreveu a demissão como a mudança mais difícil da história da Meta. Ele afirmou ter superestimado o boom das empresas de tecnologia no início da pandemia e, por isso, ter então elevado os investimentos. Agora, porém, os negócios voltaram a às tendências anteriores, e isso soma-se a desaceleração macroeconômica e a forte concorrência. Ele disse assumir a responsabilidade pelas decisões tomadas e pelas consequências.

Zuckerberg disse que a empresa precisa se tornar mais eficiente em termos de capital e que mudaria o foco para "áreas de crescimento de alta prioridade", como a inteligência artificial, publicidade e o chamado metaverso.

A Meta também comunicou que planeja implementar um congelamento de contratações até o primeiro trimestre do próximo ano.

Zuckerberg se tornou conhecido como um dos fundadores da rede social Facebook, que cresceu rapidamente e passou a comprar plataformas rivais, como o Instagram e o serviço de mensagens WhatsApp. A empresa-mãe foi depois renomeada para Meta.

lj/as (AFP, AP, Reuters, Lusa)