1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Merkel e Chirac discutem cortes na Airbus

(gh)23 de fevereiro de 2007

Chefes de Estado e de governo dos dois países defendem solução equilibrada para resolver a crise da empresa, mas deixam a decisão sobre cortes a cargo dos executivos.

https://p.dw.com/p/9udX
Chirac cumprimenta Merkel ao chegar para o encontro em MesebergFoto: AP

A Alemanha e a França querem uma solução equilibrada para resolver a crise da Airbus, desencadeada pelos atrasos no fornecimento do superjumbo A380.

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Jacques Chirac, defenderam nesta sexta-feira (23/02) que os cortes na empresa ocorram de forma "socialmente aceitável e que não sejam fechadas fábricas sem uma compensação" para as regiões atingidas.

O encontro informal entre Merkel e Chirac, do qual participaram também os ministros das Relações Exteriores dos dois países, marcou a inauguração da nova casa de hóspedes do governo alemão, no castelo de Meseberg, 60 quilômetros ao norte de Berlim.

Airbus Betriebsversammmlung
Futuro dos funcionários da Airbus continua incertoFoto: AP

Merkel e Chirac reconheceram a responsabilidade alemã e francesa por garantir a competitividade da Airbus, mas não pretendem interferir nas decisões administrativas da empresa. Eles recomendaram aos executivos que considerem a parceria entre os dois países bem como a competência tecnológica dos diferentes centros de produção e busquem uma divisão equilibrada dos cortes de empregos.

Na última terça-feira, o primeiro-ministro francês Dominique de Villepin causou irritações ao anunciar que a Airbus cortaria 10 mil empregos. O co-presidente da EADS (controladora da Airbus), o alemão Tom Enders, desmentiu essa informação.

Proteção ao clima

Outros assuntos do encontro entre Merkel e Chirac foram o conflito no Oriente Médio, a questão nuclear do Irã, a parceria entre União Européia e Rússia, a proteção ao clima e o projeto de Constituição européia.

Na questão do clima, Merkel cobrou um maior engajamento dos Estados Unidos, da China e da Índia. Segundo a chefe do governo alemão, a Europa é responsável por apenas 15% das emissões mundiais de CO2.

"Isso significa que 85% das emissões acontecem em outras regiões. Por isso, será impossível combater o aquecimento do clima sem uma participação dos EUA ou de países como a China e a Índia", disse Merkel.