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Merkel apela a Moscou pelo fim dos bombardeios em Aleppo

7 de outubro de 2016

Chanceler alemã diz que é preciso pôr fim aos "crimes terríveis" na cidade sitiada o mais rápido possível. Berlim não descarta novas sanções à Rússia, mas prioriza cessar-fogo e ajuda humanitária.

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"Não há base legal internacional que permita que hospitais sejam bombardeados" diz Merkel
"Não há base legal internacional que permita que hospitais sejam bombardeados" diz MerkelFoto: picture-alliance/dpa/R. Hartmann

A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, pediu a Moscou o fim dos bombardeios na cidade síria de Aleppo. "Faço um apelo à Rússia", afirmou a chefe de governo alemã nesta sexta-feira (07/10) durante reunião de seu partido, a União Democrata Cristã (CDU), na cidade de Magdeburg.

"A Rússia exerce grande influência sobre [o presidente sírio] Assad. Precisamos pôr fim a esses crimes terríveis o mais rapidamente possível", disse Merkel. "Não há base legal internacional que permita que hospitais, médicos, sejam bombardeados, sendo propositalmente visados."

"É horrível o que está acontecendo", lamentou a chanceler, afirmando que a comunidade internacional deve fazer de tudo para tentar restabelecer o cessar-fogo e permitir a entrada de ajuda humanitária na cidade sitiada.

Berlim não descarta a imposição de novas sanções à Rússia, principal aliado das forças sírias. "Todas as opções devem ser consideradas", afirmou o porta-voz do governo, Steffen Seibert. Ele, porém, ressaltou que a prioridade está no cessar-fogo e na ajuda à população.

Um porta-voz do Ministério do Exterior afirmou que ainda não há propostas formais para impor novas sanções a Moscou, mas que o tema ganhou atenção nos últimos dias.

A organização humanitária Médicos sem Fronteiras (MSF) afirmou que, desde julho, oito centros de atendimento médico na região de Aleppo foram bombardeados ao menos 23 vezes.

Os hospitais recebem uma quantidade enorme de feridos. "As pessoas, literalmente, morrem no chão das clínicas", disse a MSF. Segundo a instituição, o número de mortos apenas nas duas últimas semanas é de, no mínimo, 377.

RC/rtr/afp/dpa