Medalhistas dos EUA reagem a ataque de hackers russos

Atletas dos Estados Unidos reagiram nesta terça-feira (13/09) à divulgação de seus registros médicos após o ataque cibernético de hackers russos ao banco de dados da Agência Mundial Antidoping (Wada).

As informações vazadas pelo grupo de hackers russos Tsar Team (APT28), também conhecido por Fancy Bear, incluem dados sobre exceções médicas que permitem a alguns atletas o consumo de substâncias normalmente proibidas, como medicamentos para Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

A ginasta Simone Biles, que conquistou quatro medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio, declarou no Twitter que sofre de TDAH e que é medicada desde criança. "Ter TDAH e tomar medicamentos não é nada para se envergonhar, nada de que tenho medo que as pessoas saibam", afirmou a ginasta.

"Saibam que acredito no esporte limpo, sempre segui as regras e continuarei a fazê-lo uma vez que o fair play [jogo limpo] é essencial ao esporte e muito importante para mim", prosseguiu.

A estrela do basquete americano Elena Delle Donne, medalhista de ouro nos Jogos do Rio, postou nas redes sociais uma imagem sua após realizar uma cirurgia no polegar da mão esquerda, dando um recado aos hackers russos.

"Quero agradecer aos hackers por fazerem com que o mundo saiba que tenho legalmente prescrição médica para uma condição física da qual fui diagnosticada e para qual a Wada me concedeu uma exceção", disse. Delle Donne.

A tenista Venus Williams, medalha de prata na Rio 2016, se disse "decepcionada" com o fato de que seus dados médicos terem sido expostos por hackers e divulgados sem a sua permissão. "Sempre segui as regras estabelecidas pelo Programa Antidoping do Tênis ao requerer e ser concedida 'exceções de uso terapêutico'", afirmou em comunicado.

"Sou uma das maiores apoiadoras da manutenção do nível mais alto de integridade no esporte competitivo e altamente disciplinada em seguir o conjunto de diretrizes", acrescentou.

RC/dpa/ots