"Mala inteligente" pretende reduzir estresse durante viagens
5 de agosto de 2013
O trabalho na hora de fazer o check-in, o peso e a disputa para pegar as bagagens da esteira após o desembarque agora podem ser reduzidos a um toque no display do smartphone. Especialistas da fábrica alemã Rimowa, junto com a Airbus e a T-Systems, desenvolveram um projeto-piloto de uma mala inteligente.
A bagagem inteligente conta com um display com um software que armazena todas as informações do voo e do passageiro. Com a ajuda de um aplicativo de smartphone, o viajante pode controlar a mala de longe. O app revela todos os dados de voo da mala e os transmite para a companhia aérea. A partir disso, é criado um código de barras que pode ser visto no display acoplado à bagagem. O código é produzido separadamente para cada voo e inclui informações sobre o peso da mala e seus proprietários.
A tecnologia faz com que o passageiro economize tempo. A mala inteligente pode ser transportada sem acompanhantes – do endereço de origem ao de destino – e o risco de que ela desapareça é reduzido.
A bagagem inovadora tem uma espécie de sistema de navegação que é capaz de encontrar seu destino, mesmo que haja mudanças de horário a curto prazo, atrasos ou caso o passageiro tenha perdido um voo em conexão. Mesmo durante o voo a posição da bagagem pode ser identificada.
Segurança
A invenção também ajuda passageiros a saber caso a bagagem tenha sido aberta desnecessariamente. A informação é enviada ao proprietário automaticamente pelo aplicativo.
O sistema de segurança acoplado à bagagem poderia ainda reduzir os custos com perdas e extravios. Segundo a Sita Airlines, anualmente é notificada a perda de mais de 5 bilhões de dólares em desaparecimento ou atraso de bagagens em todo o mundo. Entre mil passageiros, 11 malas em média desaparecem para sempre ou são reencontradas após dias.
Ainda segundo o órgão, a maioria dos casos de extravio ocorre durante a transferência para o próximo avião. Cerca de 50% dos casos são de malas que foram colocadas em esteiras e carrinhos de bagagem erradas. Dos itens verificados, 16% nem chegam a deixar o aeroporto de partida. No entanto, a maioria dos itens perdidos costuma aparecer dentro de 48 horas. Apenas 3,4% deles não são procurados pelos passageiros ou acabam sendo roubados.
De acordo com a empresa Rimowa, que tem filiais também no Brasil, ainda não há garantia de que o produto será imediatamente desenvolvido em larga escala. Também não existe previsão de que alguns exemplares sejam desenvolvidos no Brasil.