1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW
TerrorismoFrança

Mais quatro são acusados após morte de professor na França

26 de novembro de 2020

Estudantes teriam indicado ao militante islamista quem era o professor de história Samuel Paty, decapitado nos arredores de Paris por ter mostrado caricaturas de Maomé numa aula sobre liberdade de expressão.

https://p.dw.com/p/3lrys
Foto de Samuel Paty
Homenagem ao professor de história Samuel PatyFoto: Lewis Joly/dpa/picture-alliance

Quatro estudantes que foram detidos no início desta semana foram acusados formalmente na investigação sobre o assassinato do professor Samuel Paty, que ocorreu nos arredores de Paris, na França, afirmaram nesta quinta-feira (26/11) pessoas ligadas à investigação.

Paty, um professor de história de 47 anos, foi decapitado dias depois de mostrar aos alunos caricaturas do profeta Maomé, durante uma aula sobre liberdade de expressão.

Três dos quatro estudantes, com idades entre 13 e 14 anos, teriam mostrado, na porta do colégio de Conflans-Sainte-Honorine, quem era Paty para Abdoullakh Anzorov, apontado como o autor da decapitação. Eles são acusados de cumplicidade em assassinato terrorista.

A quarta acusada, também menor de idade, é a filha de Brahim Chnina, o pai que iniciou uma campanha de ódio contra o professor nas redes sociais e que também já foi acusado formalmente e está detido. Ela é acusada de denúncia caluniosa.

Os quatro adolescentes foram interrogados e depois postos em liberdade sob observação da Justiça. Ao todo, o número de acusados no caso chegou a 14.

Os primeiros acusados foram dois estudantes de 14 e 15 anos que teriam recebido entre 300 e 350 euros para indicar a Anzorov, um refugiado tchetcheno, quem era Paty, que foi decapitado no dia 16 de outubro.

Brahim Chnina e um militante islamista que o apoiou, Abdelhakim Sefrioui, também são acusados de cumplicidade no crime. Eles incitaram ao ódio contra o professor nas redes sociais.

O autor do assassinato, de apenas 18 anos, foi morto pela polícia logo depois do crime.

AS/efe/lusa/afp