Estudo revela:
31 de janeiro de 2008Dois terços dos homens e mais da metade das mulheres na Alemanha têm excesso de peso, disse Horst Seehofer, ministro alemão de Defesa do Consumidor, ao apresentar nesta quarta-feira (30/01) em Berlim os resultados de um estudo feito pelo seu ministério em todo o país entre 2005 e início de 2007.
Seehofer afirmou que 20% dos alemães são obesos, o que aumenta o risco de contraírem doenças circulatórias ou diabetes. O ministro ressaltou ainda a falta de conhecimento sobre os riscos de uma alimentação errada. Quando se trata de problemas relacionados à alimentação, os alemães se preocupam muito mais com carne deteriorada, hormônios e pesticidas do que com o fato de comer em excesso ou a falta de variedade no cardápio.
O estudo revelou que o grau de instrução é um fator determinante para o excesso de peso: quanto mais elevado o certificado de conclusão do ensino médio, mais baixo o índice de massa corporal (BMI). Da mesma forma, esse índice diminui na medida em que aumenta a renda per capita.
Garotas muito magras
Segundo o estudo, 66% dos homens e 51% das mulheres têm excesso de peso. Por outro lado, quase 10% das garotas entre 14 e 17 anos de idade são muito magras. Em geral, 16,4% das garotas nesta faixa etária têm excesso de peso ou são obesas. Entre os rapazes, essa cota é de 18,1%.
Outros aspectos apontados pelo estudo:
− Hamburgo e Bremen são as cidades onde moram menos pessoas obesas na Alemanha,
− a maior quantidade de alemães com excesso de peso ou com obesidade reside no estado de Schleswig-Holstein,
− a obesidade é um problema especialmente das pessoas mais pobres, atingindo por exemplo 35% das mulheres nessa faixa social,
− pessoas solteiras geralmente tendem a ter peso normal, enquanto casados, viúvos e divorciados são mais gordos,
− os alemães gastam em média 2,5 horas por semana com "leves atividades esportivas",
− quando fazem compras, os alemães atentam em primeiro lugar para critérios como sabor, se o produto é fresco e prazo de validade,
− apenas 8% dos alemães conhecem a quantidade diária de calorias que precisam ingerir para manter a saúde,
− dois terços das mulheres e um terço dos homens consideram-se bons ou muito bons cozinheiros.
O estudo, realizado com 20 mil pessoas entre 14 e 80 anos de idade, considerou diferentes aspectos, como estilo de vida, hábitos de consumo e conhecimentos culinários, além de atividades esportivas e cuidados com a saúde.
Mais informações nas embalagens
Em reação ao estudo, o ministro de Defesa do Consumidor anunciou um plano de ação para esclarecer sobre os riscos à saúde causados por erros alimentares. A alimentação saudável deve ser do interesse de cada um, disse Seehofer. Para uma melhor orientação do consumidor, o ministro quer mais informações nas embalagens dos alimentos.
Nesse sentido, ele saudou as sugestões feitas pela União Européia em Bruxelas nesta quarta-feira, para que informações claras e legíveis sobre os teores de açúcar, sal e gordura estejam bem visíveis na embalagem do produto. (rw)