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Macron anuncia para fevereiro vitória contra EI na Síria

17 de dezembro de 2017

Chefe de Estado da França diz estimar que o conflito na Síria estará terminado até, no máximo, fim de fevereiro. Cabe dialogar com o líder Assad, mas ele terá que responder por seus crimes, frisou em entrevista à TV.

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Presidente francês, Emmanuel Macron: prognóstico otimista para Síria
Presidente francês, Emmanuel Macron: prognóstico otimista para SíriaFoto: Reuters/B. Tessier

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse estimar que a guerra na Síria contra o grupo jihadista "Estado Islâmico" (EI) será "ganha até meados ou fim de fevereiro". No entanto "falta falar" com o presidente sírio, Bashar al-Assad.

"Em 9 de dezembro, o primeiro-ministro iraquiano [Haider al-Abadi] anunciou a vitória face ao Daesh [acrônimo árabe do EI], e penso que daqui até meados ou fim de fevereiro teremos vencido a guerra na Síria", declarou Macron, numa entrevista transmitida neste domingo (17/12) pela cadeia de TV France 2.

Macron já declarara alguns dias antes que as operações militares contra o EI prosseguiriam até "meados, fim de fevereiro" na Síria, contradizendo assim a Rússia, segundo a qual o país árabe estaria "totalmente libertado" da organização fundamentalista islâmica.

Irã e Rússia mantêm Assad no poder

O chefe de Estado francês considerou que "falta falar" com Assad. Sua saída imediata é reclamada por vários opositores, no entanto, "Bashar é inimigo do povo sírio; o meu inimigo é o Daesh", sublinhou Macron.

O líder sírio, prosseguiu, "continuará lá, e também continuará lá porque é protegido por aqueles que, no terreno, também ganharam a guerra, seja o Irã, a Rússia". "Por isso não podemos dizer que não queremos falar com ele ou com seus representantes."

Essa conversa que ainda falta, sublinhou, não impedirá que o dirigente sírio, acusado de muitos abusos, seja levado a "responder pelos seus crimes perante seu povo e a Justiça internacional".

"No processo que a França quer ver surgir no início do próximo ano, haverá representantes de Bashar, mas eu desejo também, e sobretudo, que haja representantes de todas as oposições, incluindo aqueles que saíram da Síria pela própria segurança, por causa de Bashar e do Daesh", enfatizou Macron.

Desencadeada em 2011 com a repressão de manifestações pacíficas, a guerra civil na Síria é responsável por mais de 340 mil mortos e milhões de deslocados e refugiados.

AV/lusa,efe,afp,ap

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