Crítica a Van Gaal
23 de julho de 2009Uma semana após deixar o Bayern de Munique, o zagueiro brasileiro Lúcio disse ter sido desrespeitosa a maneira como foi tratado pelo técnico da equipe, o holandês Louis van Gaal.
"É normal que cada técnico tenha sua próprias ideias, mas essa despedida foi desrespeitosa. Acho que eu merecia um pouco mais de respeito. O técnico deveria ter conversado comigo antes de tomar sua decisão", declarou à edição desta semana da revista esportiva alemã Kicker, publicada na quinta-feira (23/07).
Lúcio disse ter passado por muito stress nas suas últimas semanas no clube alemão. "Estou um pouco triste, sim. Foi uma época muito boa no Bayern de Munique, vencemos três vezes tanto o Campeonato Alemão como a Copa da Alemanha. É pena que tenha acabado, mas isso faz parte do futebol", avaliou.
Lúcio trocou o Bayern de Munique pela Inter de Milão na quinta-feira passada, após cinco temporadas defendendo o clube alemão. A negociação teria custado 7 milhões de euros aos italianos, segundo a imprensa alemã. Antes da transação, rumores diziam que Van Gaal não contava com o brasileiro para a temporada 2009/10.
"Aceito a decisão do técnico de não querer contar comigo. Também não tenho nada contra a transferência. Mas a maneira como aconteceu não foi ok", disse o brasileiro. "Sou campeão do mundo, venci duas vezes a Copa das Confederações e fui eleito melhor defensor da Bundesliga. Não preciso provar para ele que tenho qualidade", afirmou.
O zagueiro disse que pretende encerrar a carreira na Inter de Milão. Sobre o futuro do Bayern, preferiu não fazer previsões. "É muito cedo para uma avaliação. O Bayern é um clube maluco, onde muita coisa acontece se a equipe ficar apenas em segundo lugar. A pressão pela vitória acaba gerando stress no time."
O meia Zé Roberto, que também deixou o Bayern, saiu em defesa de Lúcio. "O Bayern perdeu um grande jogador. A experiência do Lúcio na Liga dos Campeões vai fazer falta para eles, que ainda vão se arrepender de tê-lo negociado", afirmou o brasileiro, que agora joga no Hamburgo, ao jornal alemão tz.
AS/dpa
Revisão: Rodrigo Rimon