Líder alemão promete enfrentar minoria negacionista
15 de dezembro de 2021O novo chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, afirmou nesta quarta-feira (15/12) que vai enfrentar, "com todos os meios do Estado democrático de Direito, uma minúscula minoria cheia de ódio, que, com suas marchas com tochas, violência e incitamentos à morte, ataca a todos".
Na sua primeira declaração de governo perante o Bundestag (Parlamento), Scholz negou que a sociedade alemã esteja dividida e afirmou que a maioria das pessoas se comporta de maneira solidária, sensata e cautelosa durante a pandemia.
Porém, ele ressalvou que o "negacionismo, as teorias absurdas de conspiração, a desinformação intencional e o extremismo violento" também existem na Alemanha.
Scholz assinalou que se trata de uma minoria extremista que se afastou não só da ciência, da racionalidade e da sensatez, mas também da sociedade, da democracia, da coletividade e do Estado.
"Não vamos permitir que uma minúscula minoria de extremistas descomedidos tente impor sua vontade a toda nossa sociedade", acrescentou.
Prioridade para combate à pandemia
O novo chanceler federal ainda reiterou a meta de aplicar 30 milhões de vacinas até o fim do ano, contando desde 18 de novembro. Ele destacou que 19 milhões já foram aplicadas, e que a meta é alcançável.
Ele afirmou que o governo fará de tudo para que os cidadãos recuperem plenamente suas liberdades, cerceadas pelo combate à pandemia. "Essa é a minha prioridade. E aqui mais uma vez meu apelo a todas as cidadãs e cidadãos: ajudem-me a cumprir essa tarefa, a evitar sofrimentos desnecessários. Vacinem-se, protejam sua vida e as vidas dos outros."
Scholz acrescentou ser um fato que todos os alemães já poderiam ter o ciclo vacinal completo, e todos aqueles em risco já poderiam ter recebido a terceira dose. "Aí teríamos a pandemia sob controle, aí teríamos nossas liberdades de volta e estaríamos vivenciando uma época pré-natalina tranquila com nossos amigos e família."
Pouco menos de um terço dos alemães ainda não se vacinou contra a covid-19. A taxa de vacinação insuficiente (atualmente de 69,8% da população) é apontada pelas autoridades como o principal motivo para a atual nova onda de infecções no país, a mais grave desde o início da pandemia.
A Alemanha vêm registrando protestos de oponentes das restrições anticovid e da possibilidade de que a vacinação contra a covid-19 torne-se obrigatória . Autoridades expressaram preocupação com uma radicalização, especialmente entre manifestantes extremistas, e discutem providências.
O chanceler assegurou que o governo federal está do lado das pessoas que se comportam de forma solidária e sensata e respeitam as regras de combate à pandemia.
as/lf (DPA, Efe, ots)