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Lufthansa prevê "decolagem dos lucros"

(gh)25 de abril de 2002

Ataques terroristas e greve dos pilotos provocaram primeiro prejuízo da empresa nos últimos oito anos. Acionistas ficam sem dividendos este ano.

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Aviões da LufthansaFoto: AP

Sete meses após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, a Lufthansa está confiante de que seus negócios voltarão a decolar este ano. "A crise aguda do setor passou", disse o diretor-executivo da empresa, Jürgen Weber, ao apresentar o balanço de 2001, nesta quinta-feira (25), em Frankfurt.

No ano passado, a companhia voou no vermelho e teve um prejuízo de € 633 milhões, o primeiro saldo negativo dos últimos oito anos. Em 2000, ainda obteve um lucro de € 689 milhões.

Segundo Weber, a situação das companhias aéreas melhorou, mas "acontecimentos como o suposto atentado no balneário de Djerba (Tunísia) mostram que o trauma dos ataques terroristas ainda não foi superado".

Ano perdido - O fraco desempenho da empresa em 2001, influenciado também pela greve dos pilotos, será sentido pelos 400 mil acionistas, que não receberão dividendos este ano. No ano que vem, a empresa quer voltar a distribuir dividendos.

Em 2001, a Lutfhansa obteve um saldo operacional de € 28 milhões, 97,3% menor do que o do ano anterior. "Diante das tendências recessivas e das conseqüências do terror, é um resultado respeitável. Mas, no todo, foi um ano perdido", disse Weber. A empresa transportou 46 milhões de passageiros no ano passado, 2,7% menos do que em 2000.

Decolagem - Para 2002, a Lufthansa espera "um resultado operacional bem melhor", mas não faz previsões exatas. "Qualquer estimativa anterior à assembléia geral dos acionistas, em junho, é pura especulação", afirmou Weber.

No primeiro trimestre deste ano, a Lufthansa transportou 11% menos passageiros e 7% menos cargas do que no mesmo período no ano passado. Mesmo assim, Weber acredita numa "decolagem do faturamento" em 2002. Seu otimismo baseia-se na reativação de 18 dos 43 aviões que tirara de circulação depois dos ataques terroristas nos EUA. "Essa decisão foi tomada com base na melhora da conjuntura e no aumento da demanda" disse Weber.