Lockdown pode durar meses na Alemanha, diz ministro
28 de novembro de 2020As atuais medidas restritivas em vigor na Alemanha para tentar controlar a disseminação do coronavírus podem durar meses, de acordo com o ministro da Economia, Peter Altmaier, em entrevista publicada neste sábado (28/11) no jornal alemão Die Welt. "Temos de três a quatro longos meses de inverno pela frente", disse. "É possível que as restrições permaneçam nos primeiros meses de 2021."
Também neste sábado, a chanceler alemã, Angela Merkel, instou os cidadãos a respeitar as restrições antes do período de Natal, dizendo que "valerá a pena". Em sua mensagem de vídeo semanal, Merkel também elogiou os alemães por sua disciplina e perseverança nos últimos 10 meses. "Vamos continuar a mostrar às pessoas do que somos feitos, seguindo as regras que se aplicam a todos nós agora, no inverno, antes do Natal, através do ano novo. Porque veremos que valerá a pena", ressaltou.
Nesta quarta-feira, Merkel e os governadores dos 16 estados do país concordaram em estender até pelo menos 20 de dezembro o lockdown parcial em vigor desde o início de novembro, num esforço para reduzir ainda mais a taxa de infecção por coronavírus antes do Natal.
No último dia 2, a Alemanha impôs uma série de medidas restritivas na tentativa de conter uma segunda onda de contágio, fechando restaurantes, bares, academias e áreas de lazer, mas mantendo abertas escolas, lojas e salões de cabeleireiro.
Contágios em patamar alto
As medidas impediram o aumento exponencial dos casos de coronavírus, mas as cifras de infecções continuam altas no país. Neste sábado, a Alemanha registrou 21.695 novos casos confirmados de coronavírus, de acordo com o Instituto Robert Koch (RKI), agência governamental alemã de controle e prevenção de doenças infecciosas.
O país registrou mais de 1 milhão de casos de covid-19 desde o início da pandemia. O número de pacientes com vírus em terapia intensiva disparou de cerca de 360 no início de outubro para mais de 3.500 na semana passada.
Neste sábado, o número de mortes por coronavírus ultrapassou 400 mil na Europa, a segunda região mais atingida do mundo. O Reino Unido foi responsável por 57.551 óbitos, seguido pela Itália, com 53.677; França, com 51.914, e Espanha, com 44.668.
MD/dpa/afp/rtr