1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Lançamentos internacionais que merecem ser lidos

Jochen Kürten (ls)12 de março de 2015

Novos romances de autores como Milan Kundera, Michel Houellebecq e Amos Oz vêm chamando a atenção da crítica. Selecionamos oito obras de destaque na Feira do Livro de Leipzig, algumas já publicadas em português.

https://p.dw.com/p/1EpKg
Symbolbild Bücherstapel
Foto: imago/Westend61

1- Um encontro em Paris

O novo romance de Milan Kundera, A festa da insignificância, conta a história de quatro amigos que se encontram em Paris e, numa festa elegante, observam as estratégias de sedução dos convidados. Através dos quatro personagens, o livro fala de stalinismo, política, amor e arte. Publicada no Brasil pela Companhia das Letras, esta é a primeira obra de ficção do autor desde 2012. Kundera, tcheco naturalizado francês, ficou famoso sobretudo por A insustentável leveza do ser.

2- Contra o conformismo

O americano T.C. Boyle lança mais um romance sobre uma alma rebelde, que se posiciona contra a visão convencional dos Estados Unidos. The Harder They Come, ainda sem versão em português, conta a história do jovem Adam, que, revoltado com retrógrados e conformistas, se muda para uma cabana na floresta. Mesmo que Boyle não escreva mais com tanta intensidade como nos tempos de Water Music (1982) e World's End (1987), suas obras ainda proporcionam grande prazer literário.

3- Submissão e polêmica

O novo livro do polêmico Michel Houellebecq, Soumission foi publicado na França em janeiro deste ano. No dia do lançamento, um extremista atirou em 12 pessoas na redação do jornal satírico Charlie Hebdo, cuja edição atual trazia uma caricatura de Houellebecq na capa. Em 300 páginas, que já foram traduzidas para o alemão, o autor francês vivo mais vendido no estrangeiro esboça o retrato de seu país sob o governo de um fictício líder de um partido islâmico.

Frankreich Literatur Schriftsteller Michel Houellebecq 2014
O já polêmico Michel Houellebecq ganhou atenção com o atentado ao jornal "Charlie Hebdo"Foto: Miguel Medina/AFP/Getty Images

4- Difícil de largar

Ian McEwan é um dos nomes de maior destaque da literatura moderna em língua inglesa. Em seu novo romance A balada de Adam Henry – publicado no Brasil pela Companhia das Letras –, o autor britânico consegue fazer com o que o leitor se surpreenda várias vezes. A obra trata da responsabilidade judicial e médica em casos envolvendo risco de morte, de maneira refinada e emocionante. Um livro difícil de largar.

5- Literatura e ciência

Jérôme Ferrari não precisa de centenas de páginas para criar um novo universo literário. Na obra Le Principe (O princípio, em tradução livre), um dos escritores franceses mais interessantes de sua geração segue os passos do físico alemão Werner Heisenberg. Entre ciência, literatura, cultura e política, Ferrari descreve uma parte da história alemã em pouco mais de cem páginas.

6- Pouca idade e muito talento

Nas últimas semanas, muito se falou na França sobre o novo romance de Edouard Louis, En finir avec Eddy (O final de Eddy, em tradução livre). A obra foi considerada uma maravilha linguística concebida por um escritor de apenas 22 anos de idade. Com um toque autobiográfico, Louis fala sobre a dificuldade de crescer numa província no norte da França. O fato de o protagonista ser homossexual é apenas uma das facetas deste livro comovente.

Amos Oz Verleihung des Siegfried-Lenz-Preises im Rathaus in Hamburg 14.11.2014
Em "Judas", Amos Oz volta a abordar a história de IsraelFoto: picture-alliance/dpa/C. Charisius

7- Suspense numa cidade do interior

Como de costume, o americano Tom Drury lança um olhar literário sobre o Centro-Oeste dos Estados Unidos em seu novo romance, The Driftless Area. Como Boyle, o autor alguém que não se encaixa na sociedade americana no centro da narrativa. A vida do protagonista muda de rumo após o encontro com uma bela mulher.

8- História isralense

Sempre que o escritor israelense Amos Oz lança um novo livro, causa sensação. Em Judas, publicado em português pela Companhia das Letras, o autor volta a abordar a história do próprio país. O ponto de partida é o inverno de 1959, quando um jovem chega a Jerusalém e encontra duas pessoas intrigantes. Com elas, o personagem fala sobre o sionismo, a dividida Jerusalém, e todos os conflitos que assolam o pequeno país há tanto tempo.