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Jornalistas defendem liberdade de imprensa no caso das charges

7 de fevereiro de 2006

As entidades representativas dos jornalistas brasileiros e alemães assumem posições semelhantes no caso das charges de Maomé.

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As entidades representativas dos jornalistas brasileiros e alemães assumem posições semelhantes no caso das charges de Maomé, que continuam causando protestos no mundo árabe contra países europeus.

O presidente da Associação dos Jornalistas Alemães (DJV), Michael Konken, defendeu a reprodução das charges em jornais alemães como "obrigação de documentação". Ao mesmo tempo, ele ressaltou em entrevista ao jornal Frankfurter Rundschau: "Se a caricatura como tal tivesse sido publicada aqui como foi na Dinamarca, certamente ela teria violado sentimentos religiosos e, de acordo com o código de ética da imprensa, não seria admissível".

Questionado pela DW-WORLD, o presidente da Fenaj, Sérgio Murillo de Andrade, respondeu que a entidade "é, por princípio, contra qualquer restrição ou impedimento prévio à publicação ou divulgação de notícias, informações, opiniões. Ou seja, somos contra a censura, mas defendemos um sistema rigoroso de responsabilidade social da mídia. Esse sistema inclui o reconhecimento da diversidade de culturas e convicções religiosas".

"Acho que os jornais europeus têm todo o direito de publicar as charges, mas acredito que também o povo árabe tem o mesmo direito de reagir ao que considera uma grave agressão à sua crença religiosa. A tolerância reivindicada pelos europeus deve ser precedida pelo respeito e a defesa das diferenças", disse Murillo à DW-WORLD.