Itália proíbe venda de remédios contra obesidade
8 de março de 2002O governo italiano suspeita que haja relação entre a sibutramina, princípio ativo dos medicamentos Reductil, Ectiva e Reduxade, com a morte de duas pacientes.
Segunda relatos da mídia italiana, há suspeitas de fortes efeitos colaterais em mais de 50 casos, como alterações no ritmo cardíaco e na pressão sangüínea.
A empresa alemã Abott, fabricante do Reductil na Europa, já interrompeu o fornecimento do produto na Itália e as farmácias retiraram o medicamento das prateleiras. Na Alemanha e em nos demais países da União Européia, entretanto, ele continua sendo vendido.
Vítimas fatais -
Duas mulheres de 28 e 45 anos, que tomavam o medicamento devido a problemas de obesidade, morreram depois da ingestão dos comprimidos. Não está comprovado, no entanto, se eles causaram as mortes.A Alemanha foi a primeira a permitir o medicamento, sendo que os vizinhos europeus seguiram o exemplo. Com a proibição pela Itália, os parceiros da EU deverão reavaliar o aval, segundo informações do Instituto Federal de Medicamentos e Produtos Medicinais, de Bonn.
Estima-se que mais de 7 milhões de pacientes utilizem o produto em todo o mundo. Na Itália, ele estava disponível sem prescrição médica desde abril de 2001, com cerca de 350 mil unidades vendidas.
No Brasil, sua venda depende de prescrição médica e retenção da receita. Em 2000, o governo já havia proibido até mesmo a campanha publicitária do produto. (ra)