Israel oferece ajuda no combate a incêndios na Amazônia
26 de agosto de 2019O governo brasileiro receberá ajuda de Israel para combater as queimadas na Amazônia, afirmou neste domingo (25/08) o presidente Jair Bolsonaro. O anúncio foi feito após uma reunião que contou com a presença do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e do deputado federal Eduardo Bolsonaro.
"Em contato telefônico com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, este reconhece os esforços do Brasil no combate aos focos de incêndio na Amazônia. Aceitamos o envio, por parte de Israel, de aeronave com apoio especializado para colaborar conosco nessa operação", escreveu Bolsonaro em sua conta no Twitter.
Segundo Eduardo Bolsonaro, que também divulgou a informação na rede social, o avião deverá pousar em local determinado pela Força Aérea Brasileira (FAB). O deputado não deu mais detalhes sobre a ajuda extra.
Bolsonaro vem sendo cobrado por governos internacionais para atuar com mais eficiência contra as queimadas. Muito atribuem às políticas de seu governo o aumento dos focos de incêndio na Amazônia.
Assim como os Estados Unidos, Israel é um dos países mais alinhados com o governo brasileiro, que vem sofrendo fortes críticas de chefes de Estado e de governo da Europa, em especial, do presidente francês, Emmanuel Macron.
Na semana passada, Macron ameaçou não ratificar o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, afirmando que Jair Bolsonaro mentiu ao assumir compromissos em defesa do meio ambiente, dados como condição para o pacto. O líder da França também levou o debate sobre a Amazônia para a cúpula do G7, que ocorreu no fim de semana.
Após o francês ter convocado o debate sobre a questão na cúpula do G7, o líder brasileiro acusou Macron de "instrumentalizar uma questão interna" do Brasil para "ganhos políticos". "A sugestão do presidente francês, de que assuntos amazônicos sejam discutidos no G7 sem a participação dos países da região, evoca mentalidade colonialista descabida no século 21", disse Bolsonaro na sexta-feira.
Durante a cúpula, os chefes de Estado e governo do G7 chegaram a um acordo neste domingo sobre o envio de ajuda aos países afetados pelos incêndios na Região Amazônica "o mais rápido possível".
Após intensa pressão internacional, Bolsonaro autorizou o uso das Forças Armadas no Acre, Amazonas e Mato Grosso para combater incêndios florestais. Ao todo, sete estados já solicitaram apoio federal nas operações. Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins já haviam feito o pedido no sábado.
Segundo o Ministério da Defesa, cerca de 44 mil militares das Forças Armadas estão continuamente na Região Amazônica e poderão ser empregados nas operações.
RC/ots
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