Irã enfrenta crise, mas não abdica de luxo
Os cofres do país estão vazios. A situação econômica continua piorando. No entanto, nem todos os iranianos sofrem com as sanções internacionais. Nas ruas, ainda se vê carros caros e mansões de luxo.
Carros importados
Nas ruas de Teerã, capital do Irã, há muitos carros de luxo. As marcas Mercedes e Maserati fazem parte do cotidiano da cidade. Apesar de a moeda iraniana estar extremamente desvalorizada, os carros importados gozam de enorme popularidade.
Revendedoras se retiraram do país
Entretanto, para os fãs de automóveis, não é nada fácil conseguir o carro dos sonhos. No final de 2012, marcas renomadas como Lamborghini e Maserati se retiraram da República Islâmica, seguindo outras marcas famosas como Porsche, Toyota e Hyundai. A razão é o temor de danos à imagem no exterior.
Álcool proibido
Apesar de a posse e o consumo de álcool serem punidos com açoitamento ou até mesmo pena de morte, há meios ilegítimos de obter o produto. Uma garrafa de vodka custa aproximadamente 35 dólares, o dobro do preço de um pernoite em um hotel de classe média.
O contrabando prospera
Através das fronteiras com o Afeganistão e o Iraque entram drogas, álcool e cigarros. A polícia parece impotente diante do grande problema. Segundo estatísticas, apenas 25% dos produtos contrabandeados são interceptados.
Esporte de luxo
Darbandsar, no noroeste de Teerã, é uma estância de esqui muito popular. Os que frequentam esta e as outras três estâncias de esqui do país têm em comum o amor pelo esporte de inverno e a riqueza.
O passe para esquiar
O passe de uma estação de esqui custa no Irã cerca de seis euros. Para padrões europeus, não é caro. Mas, no Irã, esquiar é realmente um luxo. O salário médio de um trabalhador equivale a 100 euros mensais e mesmo um funcionário médio não dispõe de mais de 200 euros por mês.
Mansões luxuosas
O número de mansões de luxo aumentou rapidamente no Irã. Principalmente no norte da capital, surgiram residências caríssimas com vastos jardins. Os novos ricos compram terrenos fora de Teerã para construir residências de fim de semana.
Roupas de grife
Há mais de 20 anos o clero tenta prescrever às iranianas como elas devem se vestir em público. Patrulhas de controle percorrem as ruas para "lembrar" as mulheres dos códigos de vestimenta islâmicos. Mas elas acabam dando um "jeitinho", ao vestirem roupas ocidentais de grife por baixo do chador.
Moda
Nas cidades grandes, as iranianas são mais ousadas e passeiam pelas ruas com casacos mais curtos e apertados. Não é raro ver calças compridas, que deixam aparecer um pedacinho da perna. Por baixo da caríssima echarpe elas não economizam na maquiagem.
Joias
No Irã, desde outubro de 2012 é proibido retirar do país ouro ou moedas de ouro sem permissão de exportação pelo Banco Central. O governo tenta assim evitar fuga de capital. Por causa da crescente inflação, muitos iranianos tentam transferir seus bens em forma de ouro para locais seguros no exterior.
Cirurgia plástica
Com frequência, a artista plástica Homa Arkani tematiza em suas obras a mania de beleza que impera no Irã. Atualmente em Teerã atuam mais de 3 mil cirurgiões plásticos e o comércio com a beleza continua crescendo. Em nenhum outro país do mundo são feitas tantas cirurgias plásticas para corrigir o nariz como na República Islâmica. A cada ano, são operadas até 70 mil pessoas.