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Indonésia rejeita troca de prisioneiros com a Austrália

5 de março de 2015

Governo em Jacarta rejeita troca de prisioneiros proposta pela Austrália, numa tentativa de salvar a vida de dois traficantes australianos condenados à morte. Brasileiro também poderá ser executado.

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Andrew Chan (c) e Myuran Sukumaran foram condenados em 2005Foto: Reuters/Antara Foto/N. Budhiana

A Indonésia rejeitou, nesta quinta-feira (05/03), uma troca de prisioneiros proposta por Camberra, num esforço para salvar australianos condenados à morte por trüafico de drogas.

"De acordo com a ordem do presidente, a pena de morte proferida para os condenados será aplicada", afirmou em Jacarta o ministro indonésio da Segurança, Tedjo Edhy Purdijatno.

A ministra do Exterior da Austrália, Julie Bishop, havia exposto a ideia na noite de terça-feira, durante conversa telefônica com a sua homóloga indonésia, Retno Marsudi, num diálogo descrito como "tenso" por uma publicação do News Corp Australia.

As planejadas execuções de Myuran Sukumaran, de 33 anos, e Andrew Chan, 31, provocaram tensões diplomáticas entre a Austrália e a Indonésia, depois de repetidos apelos de clemência em favor dos condenados. Eles se encontram na prisão de Nusakambangan e deverão ser executados em breve.

A ministra do Exterior indonésia afirmou que não havia nenhuma base legal para considerar a proposta. "Basicamente, a Indonésia não possui nenhum marco legal relativo à troca de prisioneiros", declarou a porta-voz de Marsudi.

Chan e Sukamaran foram condenados em 2005 como líderes de um grupo de nove traficantes australianos, conhecido como Bali Nine, presos na Ilha de Bali ao tentar contrabandear oito quilos de heroína para a Austrália.

O governo australiano argumentou que Chan e Sukumaran teriam se reabilitado na prisão, onde teriam trabalhado na orientação de companheiros de cela mais jovens. Camberra também alertou para possíveis consequências políticas se as execuções forem aplicadas.

Entre os estrangeiros, além dos australianos, o brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte e cidadãos de Gana, França, Filipinas e Nigéria também foram condenados à morte por fuzilamento na Indonésia.

CA/afp/lusa/rtr