1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Governo assina contrato para vacinas da Pfizer e Janssen

19 de março de 2021

Brasil terá mais 138 milhões de doses, mas maior parte dos imunizantes deverá chegar apenas no segundo semestre.

https://p.dw.com/p/3qtSa
Mãos com luvas brancas seguram ampola e seringa. Pessoa está de máscara, com o rosto desfocado.
Apenas 13 milhões de doses da vacina da Pifzer devem chegar no primeiro semestreFoto: Marwan Naamani/dpa/picture alliance

O governo federal assinou nesta sexta-feira (19/03) contratos para a aquisição de 100 milhões de doses da vacina contra covid-19 da Pfizer-BioNTech e 38 milhões da Janssen (braço farmacêutico da Johnson & Johnson), único imunizante que requer apenas uma dose. A maior parte das doses, porém, deve estar disponível somente no segundo semestre.

Na segunda-feira, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello,já havia anunciado a conclusão das negociações. Segundo representantes das empresas, no entanto, faltava ainda a assinatura dos contratos.

O anúncio de Pazuello foi feito em meio à pressão pela escalada dos casos de covid-19 no Brasil e a negociações sobre sua saída da pasta. No mesmo dia, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que o médico cardiologista Marcelo Queiroga assumirá o cargo.

Cerca de 75% das vacinas da Pfizer devem chegar apenas no segundo semestre, em agosto e setembro. A entrega deve ocorrer da seguinte forma: 1 milhão de doses em abril, 2,5 milhões em maio, 10 milhões em junho, 10 milhões em julho, 30 milhões em agosto e 45,5 milhões em setembro. 

Já a Janssen prevê a entrega de 16,9 milhões de doses em agosto e mais 21,1 milhões em novembro.  

O fim das negociações com a Pfizer é mais um capítulo na polêmica entre o Planalto e a farmacêutica, que se estende desde o ano passado. Em julho de 2020, a Pfizer ofereceu 70 milhões de doses ao governo brasileiro, que negou a compra, apostando todas as fichas na vacina da AtraZeneca-Oxford. Nos meses seguintes, por várias vezes, o governo criticou as cláusulas do contrato.

A vacina da Pfizer-BioNTech já obteve o registro definitivo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Já a da Janssen, ainda não tem registro definitivo nem autorização para uso emergencial.

Atualmente, o Brasil aplica na população os imunizantes Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa chinesa Sinovac, e a vacina AstraZeneca-Oxford, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Primeiro lote do Covax Facility

Também nesta sexta-feira, o governo anunciou que o Brasil vai receber no domingo o primeiro lote de vacinas provenientes do consórcio Covax Facility. Serão pouco mais de 1 milhão de doses. A chegada das vacinas foi confirmada pela representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Galiano.

As doses, porém, devem ser usadas logo, pois 90% delas têm vencimento em 31 de maio de 2021 e, as demais, já em 30 de abril de 2021.

A Covax Facility é uma aliança internacional da Organização Mundial da Saúde com o objetivo de garantir acesso igualitário à imunização.

le (ots)