Geoparques Globais da Unesco no Brasil
Os Geoparques Globais da Unesco buscam preservar o patrimônio geológico promovendo o desenvolvimento econômico das regiões. Atualmente, o Brasil possui cinco territórios com o reconhecimento.
Trabalho de campo geossítio fossilífero Janner
A região da Quarta Colônia é uma área chave no cenário paleontológico internacional do período Triássico, e foi palco de descobertas como o Staurikosaurus pricei, o primeiro dinossauro brasileiro e um dos mais antigos dinossauros do mundo. Conta com 11 geossítios fossilíferos dedicados à pesquisa científica que ainda não são abertos a visitação.
Geossítio Mina Brejuí: Geoparque Seridó
A cidade de Currais Novos (RN) no território Geoparque Seridó possui uma mina de scheelita com galerias abertas à visitação. A Mina Brejuí já foi a principal mina do tipo na América do Sul. Geologicamente, o complexo da mina está correlacionado com a Formação Jucurutu.
Floresta Petrificada do Cariri, Geoparque Araripe
A Bacia do Araripe está inserida no Sertão nordestino, de clima semiárido, onde a terra é usada para plantio e pastagem de gado Em tempos pré-históricos, no entanto, era cenário de uma densa floresta com abundância de água. É possível ver troncos de pinheiros petrificados que datam do final do Período Jurássico, com cerca de 140 milhões de anos,
Celebração da imigração italiana no Geoparque Quarta Colônia
O objetivo do programa Geoparques Globais é explorar os vínculos do patrimônio geológico com aspectos culturais das áreas, envolvendo as comunidades e promovendo o desenvolvimento econômico das regiões. Os patrimônios culturais materiais e imateriais também inserem-se nas ações dos geoparques.
Artesão de Santana do Cariri: Geoparque Araripe
Muitos geoparques auxiliam comunidades locais a gerar renda a partir das suas expertises locais, como artesanato e culinária. Oficinas de temas diversos e confecção de geoprodutos são parte dessa estratégia.
Geossítio de tipo litológico: Geoparque Quarta Colônia
O geoturismo segue uma tendência mundial de busca por atrações naturais na hora de viajar. A modalidade alia a busca de conhecimento sobre aspectos geológicos com a apreciação de paisagens. Passeios de barco, caiaque, rapel, voos de parapente, entre outras atividades de aventura também atraem visitantes aos territórios.
Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica: Geoparque Quarta Colônia
No geoparque é possível visitar a mostra paleontológica que expõe a reconstrução de dinossauros encontrados na região. Entre eles destaca-se o Bagualosaurus, um dos maiores e mais antigos fósseis de dinossauro pescoçudo do mundo, com cerca de 230 milhões de anos. O fóssil ajudou cientistas a desvendar lacunas na evolução de dinossauros herbívoros.
Marmitas do Rio Carnaúba: Geoparque Seridó
Marmitas são um tipo de feição geomorfológica com origem na erosão fluvial, e no Geoparque Seridó elas podem ser observadas em dimensões métricas. Sinalização e infraestrutura são os grandes desafios para atrair visitantes aos geossítios.
Exposição do fóssil Ubirajara Jubatus no Geoparque Araripe.
O Geoparque do Araripe promove ações de conscientização sobre fósseis enquanto patrimônio público. Uma conquista recente da região foi a devolução do fóssil de dinossauro Ubirajara Jubatus, levado de forma irregular para a Alemanha em 1995 e repatriado em junho de 2023. O fóssil encontrado na Bacia do Araripe é considerado o primeiro dinossauro não voador com penas encontrado na América Latina.
Atividade educacional no Geoparque Araripe
Uma ação amplamente realizada por todos os geoparques é a elaboração de materiais paradidáticos, como livros infantis e cartilhas, que contam com o suporte de geólogos e especialistas e são distribuídos à população ou vendidos às prefeituras. Esses materiais adaptam a linguagem acadêmica tornando-a mais acessível.